CAPÍTULO 17

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JP NARRANDO

A Eduarda me encheu para eu não fazer nada com menor, mas se eu não fizer, aqui vai virar uma bagunça, e essa porra tem que ter ordem.

JP: Tava com o que na cabeça em roubar a favela e pensando que não ia dar em nada - ele não fala nada.

JP: Tu pode enganar a Eduarda, a mim você não engana. - ele olhou pra mim.

PEIXINHO: Pode dar minha punição, mano. Tou aqui pra enganar ninguém não, a mina que quis me defender. - Falou com raiva.

JP: Mandei você falar, caralho - peguei um pedaço de madeira, dei na costa dele, minino não deu um pio.

LK: Porra, a Duda vai te matar, caralho.

LOBO: É mano, tu falou que só ia dar um susto.

JP: Isso é o que? Se não fosse só um susto, tava arrancando os dedos, caralho - continuei batendo nas suas costas e pela última vez ele deu um grito, a costa já estava sagrada.

LOBO: Fudeu, a Duda está aí com tua irmã - caralho, vou matar a Juliana. Na hora que ia mandar ela ir embora, ela entra com tudo junto com minha irmã.

Assim que ela entrou, ela olhou para o pedaço de madeira e para a costa do peixinho.

DUDA: Cê tá maluco? Você falou que ia ser só um susto.

JP: Quem mandou tu vir aqui, Eduarda? - ela me olhou com ódio e foi até o menino, mas ele saiu de perto dela.

PEIXINHO: Precisa brigar por mim não, tou errado e pronto. Agora que ele já terminou, vou meter o pé - Eduarda segurou o braço dele.

DUDA: Espera, do que você precisa para ajudar sua vó?

PEIXINHO: PARAR DE SE INTROMETER, CARALHO - fui para perto dele e apertei seu pescoço.

JP: A Mina está muito preocupada contigo, está falando assim com ela porque, porra.

DUDA: Solta ele, JP. E você me espera lá fora - falou para o menino e ele foi.

JP: Se for falar merda, é melhor tu ir - ela olhou nos meus olhos.

DUDA: Na verdade, estou nem afim de trocar ideia com você - saiu, que garota surtada do caralho.

DUDA NARRANDO:

Quando eu saí, ele estava me esperando como eu pedi, com a cara toda fechada.

DUDA: Eu quero te ajudar - eu criei uma conexão com esse menino. Eu sei que posso estar errada, mas está na cara que é uma criança que está preocupada com coisa de adulto e desesperada. Quando eu perdi meus pais, teve alguém para cuidar de mim, e eu quero fazer o mesmo com ele.

PEIXINHO: Não quero sua ajuda não - que menino.

DUDA: Sua vó não pode te ver assim, vai deixá-la preocupada - ele olhou para mim - Está com fome? - ele não respondeu.

DUDA: Eu posso ir na sua casa fazer uma comida para você e sua vó, se você quiser - abaixou a cabeça.

PEIXINHO: Lá em casa não tem nada, só pão mofado. Então deixa eu ir embora logo, preciso ver como minha vó está.

DUDA: Eu compro, eu compro alguma coisa para vocês comerem. O que acha? - ele saiu andando, então acredito que isso seja um sim.

Fui até a Juliana, para ela falar que eu fui na casa do Peixinho para o JP não surtar. Assim que falei com ela, fui correndo atrás do Peixinho.

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora