Always you - J.B

025

1984

"Quando o ódio está à solta, ama-se em autodefesa"

Joyce: ele gosta de frio.

Hopper: como?

Perguntou confuso. Estavam no quarto onde Will estava, Joyce tinha percebido uma coisa que nenhum deles tinha.

Joyce: era isso que o Will falava pra mim. Ele gosta de frio.

Ela foi até a janela e a fechou.

Joyce: só estamos dando a ele o que ele quer.

Nancy: se for um vírus e o Will for o hospedeiro, então...

Jonathan: a gente tem que deixar o hospedeiro inabitável.

Ele e Lizzie se entre olharam.

Joyce: então se ele gosta de frio...

Lizzie: vamos queima-lo até sair.

A mulher a olhou, concordando.

Mike: tem que ser em um lugar que ele não conheça agora.

Dustin: é, um lugar bem longe.

Ficaram em silêncio por um minuto.

Hopper: tenho o lugar perfeito.

O adulto enrolou uma coberta em Will, o pegando no colo e saindo da casa enquanto falava o caminho pra Jonathan.

Hopper: pega o Denfield. Vai ser um carvalho bem grande, aí vira a direita. É uma rua sem saída. São cinco minutos de caminhada até lá.

Jonathan: tá bom, Denfield, carvalho grande, vira a direita, aí chegamos. É no canal dez né?

O adulto concordou, colocando Will no banco de trás, Joyce entrando pra ficar com ele.

Hopper: escuta. Me avisa quando aquela coisa sair dele.

Ele voltou pra dentro e Jonathan respirou fundo.

Lizzie: preciso ir.

Rafe: eu sei.

Os dois olharam pra Nancy e Steve que conversavam perto do amontoado de coisas no gramado, procurando por aquecedores.

Lizzie: precisam proteger as crianças.

Rafe: eu sei.

Ele bufou com o nervosismo e tocou os ombros dela.

Rafe: olha, aquele dia que você enfrentou o papai, você fez uma coisa.

Lizzie: eu sei.

Ele franziu o cenho e ela suspirou.

Lizzie: eu lembrei. Não foi a primeira vez.

Rafe: a quanto tempo?

Ela olhou pra Steve e suspirou.

Lizzie: talvez meses, eu não sei. Eu sempre desmaiava e esquecia em seguida.

Rafe: e por que se lembrou agora?

Ela deu de ombros.

Lizzie: acho que foi a batida do espelho. Tudo começou depois do diagnóstico da anemia aplástica, depois que o demogorgon me atirou numa parede.

Rafe: é, talvez faça sentido.

Ele passou a mão pelo rosto dela, a fazendo o olhar.

Rafe: não importa agora, o que importa é que nós não somos normais. Não somos como a Eleven, mas não somos normais. Precisa usar isso agora.