Frederico abriu a porta do quarto delas e as chamou para tomar café, as duas desceram as escadas e o seguiram até a cozinha onde a mesa estava posta.
Ele se sentou e as duas se sentaram uma do lado da outra olhando para o rosto cansado dele.
— Você está horrível, parece que não dorme há semanas.
Lara olha para Frederico que desvia o olhar do copo de café para ela.
— Por acaso você está doente? — perguntou Ariel.
— É bom saber que você se preocupa comigo.
— Oh, não, eu não me preocupo com você nem com a sua saúde, mas é que se você estiver morrendo podemos ir embora.
— Numa escola que eu estudava contaram sobre um morador de rua sempre sozinho até que, um dia, ele encontrou um cão e eles ficaram bem próximos.
Frederico olhava fixamente para Ariel.
— No entanto, naquele dia, ele não estava presente e nem o cachorro. Lembro-me de um aluno da escola que me contou que o morador de rua foi encontrado três dias após ter desaparecido na beira do rio. Ele se amarrou a uma corda que estava amarrada ao animal e morreu, deixando o animal preso sem água e comida.
— Por que está contando isso para gente?
Lara perguntou e Frederico olhou para ela.
— Dado que eu sou o morador de rua e vocês duas são o cachorro, isso significa que, se eu morrer, as duas ficarão presas comigo para sempre.
Ariel e Lara cessaram de conversar e voltaram a se alimentar depois do café, retornando ao quarto.
Frederico adentrou o seu quarto com uma jaqueta e desceu as escadas, pegando a chave do carro e da residência, saindo pela porta, trancando tudo.
Ele caminha até chegar ao veículo e dá partida, seguindo em direção a Castanhal.
Frederico parou o carro na frente do consultório médico, desceu e seguiu em direção à recepção.
Com a consulta agendada, aguardou pacientemente até ser chamado. Ao entrar no consultório, cumprimentou o médico e se se sento.
O médico voltou-se para Frederico.
— Por favor, senhor Lourenço, como posso te ajudar?
— Ocorre doutor que, nos últimos dias, não tenho conseguido dormir e passo a noite acordado.
— Como isso começou? Você já enfrentou sintomas de insônia antes?
Frederico respondeu que sim, quando era mais jovem.
— Com que idade se lembra?
— A partir dos quinze anos...
— Você se lembra do motivo pelo qual você não conseguia dormir?
O médico indagou Frederico, que por um instante permaneceu em silêncio.
— Sr. Lourenço?
O doutor chamou Frederico, que olhou para ele com atenção.
— Você se recorda do motivo ou tem alguma ideia do que poderia ter causado a insônia?
— Eu acho que tenho um motivo para isso.
— Preciso que me conte para poder analisar a situação.
Frederico conversou com médico, que
ouvia com atenção, e Frederico Frimout percebeu que a aparência do homem se modificava à medida que ele contribuía com suas informações.
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Amores Doentios |+18| |Concluída|
Storie d'amoreO amor é horrível. Horrível. É doloroso. É assustador. Em um mundo onde se quer encontrar um príncipe encantado e viver feliz para sempre, essa frase seria considerada um crime. Ariel acredita que o feliz para sempre não existe, assim como o prínci...