Isso não pode estar acontecendo

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Jennie Kim Park Pov

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Jennie Kim Park Pov.

Despertei do sono mais profundo que havia entrado, as minhas pálpebras se abriram lentamente, como se estivessem a muito tempo fechadas e coladas.

Assim que consegui abri-las, os meus olhos percorreram o local. Não consigo falar e nem ao menos me mexer, tentei soltar uma palavra mas nem ao menos arrastada eu consegui. Minha mãe está a minha frente, como da última vez.

Em um hospital, mas não é o mesmo hospital que antes, o que eu estou fazendo aqui? O que aconteceu? Será que aconteceu algo com a Luna?. E a Jisoo?.

— Filha, Jennie?. — Minha mãe se aproximou já em lágrimas e em choque. — Você voltou. — As lágrimas desceram descompensadas e eu respirei fundo.

Pensando comigo mesma. Não, não, não, não!. Isso não pode estar acontecendo, céus, não, não. Não é possível que tudo tenha sido um sonho, céus, não.

Não, não, não. 

As lágrimas desceram violentamente, eu só quero me arrancar daqui e falar, não é possível, eu imploro para que seja um devaneio, eu imploro para que seja a droga de um sonho.

Eu acordei do coma a 6 anos atrás, eu acordei do coma a 6 anos atrás, eu acordei do coma a 6 anos atrás. Isso não está acontecendo, é um sonho, não é verdade.

— Meu amor, eu não acredito, eu sabia que você voltaria, oh! Meu Deus. — A mais velha me abraçou fortemente e eu continuei a chorar como se nada houvesse, eu queria gritar.

Tentei encarar a minha barriga, mas não consegui ao menos mexer o rosto, não estou a sentindo, não estou sentindo a minha filha. Por Deus, isso não é verdade, não pode estar acontecendo.

— Não chora filha, eu estou aqui, você pode apertar a minha mão para mim? Aperta meu amor, aperta. — Neguei mentalmente e ela levou a minha mão até a sua boca. — Aperta filha. — Novamente neguei mentalmente, em seguida minha mãe apertou o botão acima da minha cama.

Não, cadê a Jisoo? Por Deus quem está fazendo esse tipo de brincadeira? Não é engraçado, eu odiei. Cadê ela?. Droga.

— Ela está com os olhos abertos, ela acordou. — Minha mãe falou assim que os médicos entraram ao quarto.

Quando encarei o mesmo médico que me atendeu da última vez tentei respirar, mas não estava conseguindo, a passagem de ar estava completamente bloqueada.

Tentei falar algo, mas resmunguei o médico se aproximou rapidamente.

— Oi Jennie, está me vendo? Acompanha para mim?. — Ela perguntou e por extinto os meus olhos acompanharam a sua caneta. — Ótimo, sente isso?. — Questionou e eu queria dizer que não.

Estou com medo, isso não pode estar acontecendo, eu não acredito que demorei anos para reconstruir a minha vida e foi apenas a droga de um sonho, isso não pode estar acontecendo. Eu não estou grávida, não estou casada e Jisoo está noiva.

Isso não pode estar acontecendo, por Deus.

— Como vamos saber se ela consegue escutar?. — Minha mãe perguntou e eu a encarei preocupada e confusa. 

— Só de acompanhar a caneta podemos ver isso, mas ela não está sentindo nada, o que quer dizer que não há certeza de atividade cerebral, que comandam os nossos movimentos, vamos fazer exames. — As lágrimas ainda desciam descompensadas e minha mãe se aproximou me abraçando novamente.

— Vai ficar tudo bem meu amor, vamos ficar bem, nós duas. — A encarei confusa, minha mente está em uma bola de neve em meio a confusão. — Acha melhor contar agora doutor? Conheço esses olhinhos de preocupação, quero evitar estresse para ela, ela merece saber.

— Vamos esperar um pouco, mas acho melhor contar para que o choque ser menor, vamos a sedar agora, os batimentos dela estão muito rápidos. — Queria negar com a cabeça e consegui apertar fortemente a mão da minha mãe.

— Ela apertou, olha, céus ela apertou a minha mão, minha menina. — Ela me abraçou mais uma vez.

— Uau, isso é realmente uma surpresa, pode fazer para mim Jennie?. — O médico pegou a minha mão, porém eu não a apertei, ou melhor, não consegui.

Deus, eu só quero saber o que está acontecendo, cadê a Jisoo? Eu preciso dela, não me importo com a Lisa nesse momento, eu só quero ela.

— Okay, você quer escrever para se comunicar melhor? Eu vou levar os seus dedos até as teclas, você escreve piscando os olhos duas vezes, se for essa a letra, pisque. — Ele trouxe um teclado até mim e eu segui o comando.

O mesmo foi passando meus dedos por todas as teclas e eu escrevi piscando, Jisoo.

— Jisoo? Certo, vamos falar sobre ela então. — O médico falou e eu respirei fundo. Aliviada, porém com medo do que está por vir.

Liguem para ela, tragam ela aqui, agora. Pensei em gritos internos.

— Doutor, eu não acho que seja uma boa idéia. — Minha mãe disse, preocupada. Porém já passei por esse momento e nada pode doer mais que isso, eu não estou grávida da minha pequena e muito menos casada com a minha esposa, nada mais está doendo quanto a todo esse esse restante.

— Melhor evitar um choque futuro, ela quer saber, é um direito exclusivo, vamos lá, acho que vai ser melhor. — Minha mãe se aproximou concordando com a cabeça, chorando intensamente.

Mas era para Jisoo contar sobre o acidente, e a Rosé? Cadê a minha irmã? Por que não ligaram para ela?.

— Filha. — Ela segurou a minha mão e se sentou ao meu lado na cama. — Lembra quando eu disse que somos apenas nós duas agora? Então, você e a Jisoo sofreram um acidente gravíssimo a dez anos atrás, ficaram entre a vida e a morte, infelizmente a Jisoo... — Minha mãe deu uma pausa, tentando conter as lágrimas e eu franzi o cenho. — Não aguentou, ela faleceu na hora. — Prendi a respiração e o meu peito se acelerou.

Tentei respirar e isso já fazia barulhos no quarto. Não, isso não pode estar acontecendo, por Deus, deveria ser crime esse tipo de brincadeira, a Jisoo não morreu, estamos casadas, esperando uma filha, isso não está acontecendo.

— E a Rosé... Ela desenvolveu uma depressão severa, se matou duas semanas que Jisoo morreu e você entrou em coma, eu falo isso com pesar, a minha filhinha se foi e eu não desisti de você, nunca desistiria. — Neguei mentalmente várias vezes e o meu choro se tornou maior, o barulho era presente em todo o quarto. — Eu sinto muito meu amor, não consigo imaginar.

Rosé, não, Park!. Isso só pode ser algum tipo de brincadeira, cadê elas? Não, isso não está acontecendo. 

— Quer escrever algo? Estamos aqui por você. — Passou os meus dedos trêmulos pelo teclado e eu pisquei escrevendo Lisa.

— Lisa?. — Minha mãe indagou.

— Você conhece?. — O médico perguntou e minha mãe negou com a cabeça.

— Filha quem é Lisa? Não a conhecemos. — Nesse momento eu desisti de respirar.

Me sedem, arranquem esses aparelhos, me libertem de alguma forma, eu prefiro estar morta, por favor me tirem daqui, eu não vou suportar.

— Os batimentos estão se alterando, sedem ela agora. — O médico falou a minha mão começou a chorar alto. — Por favor June, se afasta.

— Não, eu já perdi uma filha, não posso perder outra. — Falou e o enfermeiro a arrancou daqui.

Eu prefiro não respirar do que passar por isso, eu prefiro ir com elas, não suportaria ficar aqui e espero perder a atividade novamente. Pelo menos no meu sonho, elas estão vivas e a minha filha está comigo, na minha memória.

Não te amo • Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora