Capítulo 1

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Emma Myers POV:

- OQUE?! VOCÊ FEZ OQUE?! - Gritei como se o mundo estivesse acabando. E estava.

- Eu vendi você, e para com essa gritaria! - meu pai falou como se aquilo fosse completamente normal.

- VOCÊ ME VENDEU??? PRA QUEM? POR QUE?

- Emma, não me estressa. Você nunca foi útil, ter vendido você foi o melhor investimento que eu já poderia ter feito na vida, me pagaram muito bem.

- AHH JURA? E COMO EU FICO NESSA HISTÓRIA?

- Eu não ligo de como você fica na história, só obedece de agora em diante.

- E se eu não obedecer? O que acontece, hm?

- Você morre! Coisinhas bestas que você faz aqui, lá eles podem te matar por isso. Fica esperta.

- VOCÊ É UM CUZÃO! - Saio da sala subindo as escadas e indo para meu quarto. Por mais que eu não gostasse de demostrar a dor que eu sentia por causa dele, aquilo doía, doía muito. Ele nunca me considerou como filha, e só me usou esse tempo inteiro, e no final..bom, no final ele me vende. Provavelmente me vendou pra qualquer traficantezinho de merda que ele tinha alguma dívida. Minha vida é uma merda! - Acordo dos meus pensamentos com batidas fortes na porta, me levanto lentamente já sabendo quem era e abro.

- Desce. Meu pai se pronunciou depois de alguns segundos olhando para mim. Não disse nada, apenas fiz.

Descendo às escadas, percebi um silêncio que a cada degrau, ficava cada vez mais agonizante, e no final da escadaria pude sentir meu pai passar por trás de mim e ir em direção das pessoas que estavam alí. Eram pessoas desconhecidas, eu nunca tinha visto nenhum daqueles marmanjos que estavam sentados no sofá. Havia alguns homens e duas mulheres, uma delas me chamou atenção por ser assustadoramente bonita e atraente. A atenção de todos veio para mim quando perceberam a presença do meu pai, ele olhou para uma das mulheres com uma expressão assustada, a mulher que chamou minha atenção, logo a mesma olhou para mim de cima a baixo com o olhar sério, se levantou com duas 'malas' na mão e foi em direção do meu pai, olhando para ele e em seguida entregando as duas pequenas malas que até então, eu já sabia o que poderia ter dentro delas. Dinheiro.

- Foi bom fazer negócio com você Ortega. - Ortega...eu já ouvi falar desse nome antes.

Vi meu pai abrindo uma das malas e vendo a quantidade de dinheiro que alí tinha, sua expressão era de felicidade, poderia ser prazeroso para mim ver ele feliz daquele jeito se eu não o odiasse tanto. Logo um dos homens veio em minha direção e pegou no meu braço me puxando para fora, foi alí que minha ficha realmente caiu quando percebi em que merda eu estava. Saindo da minha casa, pude ver dois carros luxuosos, ambos na cor preta, e por incrível que pareça eu não me interessei por isso, a única coisa que eu estava tentando fazer naquele momento era de onde eu tinha ouvido aquele nome, Ortega.

- Ela vai no meu. - Ouvi aquela voz e me virei, era ela, Ortega.

- Tem certeza? - O homem que estava me guiando para outro carro se pronunciou pela primeira vez.

A mulher não deu uma resposta a ele, até porque não precisou. Logo eu estava no banco do passageiro do carro que pelo que eu entendi, era dessa Ortega. A porta do carro foi fechada assim que eu entrei nele, depois de alguns minutos todas as portas do mesmo foram abertas. Do meu lado estava dois homens, no banco do motorista estava ortega e outra mulher, ambos entraram sem falar uma palavra, e durante a metade do percurso que estávamos fazendo para algum lugar, nenhum daqueles homens se atreveu a tocar ou olhar para mim, o que me deixou mais tranquila.

- O que vamos fazer a respeito dele? Não perdoamos traidores. - A mulher que estava do lado de Ortega se pronunciou, deixando os dois homens que estavam do meu lado inquietos.

𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑬́ 𝑨𝑷𝑬𝑵𝑨𝑺 𝙈𝙄𝙉𝙃𝘼 - Jemma Onde histórias criam vida. Descubra agora