Narradora Pov:
Emma acordou vazia. Vazia de duas formas. Ela se sentia vazia por talvez está sentindo Desconexão emocional, e se sentia vazia também porque o colo quente da mais velha não estava mais lá para aquece-lá. A saudade tomou conta, e foi em busca de Jenna. Percebeu olhando para o relógio que havia dormido a tarde inteira, e que já estava escurecendo, mas não se deixou abalar, estava acostumada a isso.
Desceu as escadas e encontrou o grupo inteiro na sala, todos apreensivos, mas ficaram nervosos quando viram Emma. Percy tomava uma taça de vinho, o que não era normal; ele costumava tomar bebidas muito mais fortes, ou então cerveja.
Ela não estava morando com eles há tanto tempo. Mas conhecia seus costumes e atos rotineiros. Não precisou perguntar, antes mesmo disso andou em passos largos até o escritório de Jenna. Não bateu, apenas esperou ouvir alguma coisa. Ouviu a voz dela, e um choro, logo, se viu abrindo a porta, se assustando tanto ao ponto de dar um grito agudo quando Ortega atira em direção da porta. Por puro instinto. Não se preocupou com Emma, seu foco era no homem que estava amarrado, quase que completamente morto.
Seu corpo inteiro cheio de sangue, cortes, e em alguns lugares livres do líquido, havia hematomas. Seu rosto estava cortava em um X enorme nos dois lados das bochechas. Sua cabeça faltava alguns fios, que provavelmente puxaram tão forte que os arrancaram durante a tortura.
Emma assistiu tudo aquilo assustada. Flashes do que ela tinha passado no porão se fizeram presentes, e comparou ambas situações com as dela. O que ela deu o nome de "tortura no porão", agora foi batizado como "castigo no porão". Ela teve a certeza de que não teria saído viva daquele lugar, se fosse realmente uma tortura, já que ela viu uma de perto, bem em sua frente.
Respirou fundo e prestou atenção na conversa. Ortega perguntava o que eles tinham dito, e o homem repetia sempre as mesmas palavras. Ela perguntava coisas parecidas com as anteriores, mas o homem apenas dizia as mesmas palavras.
"Ela disse que quer ver Emma. O convite está no meu bolso. Ela disse que Emma deve ir a festa, e vê-la pessoalmente."
Emma saiu do lugar de onde estava, seu coração ainda batia rápido pelo tiro, mas estava se recompondo. Ao chegar na sala, foi calorosamente atendida por Georgie, que perguntava para mesma se ela estava bem, ou se o homem que estava dentro da sala havia morrido. A única coisa que pensou em fazer, foi tirar os braços de Georgie que estavam a abraçando de lado. Tirou com tanto ódio que assustou o mesmo e os outros que estavam alí na sala.
- Que merda é aquela? - Perguntou se referindo ao homem.
- Você não deve se intrometer. As regras que Jenna te deu, lá na outra casa, ainda estão de pé. Então nada de ficar perambulando pela casa depois das 22hs, entendeu? - Joy falou, abaixando a voz quando citou que a loira não deveria andar pela casa depois das 22hs.
- Eu não me intrometer, Joy? Logo eu? Meu nome está nessa merda, e a minha mãe quer que eu vá a algum lugar. Então eu vou sim me intrometer. O que acontece depois das 22hs? Eu vou participar de algo se realmente acontece algo.
Saiu do cômodo com ódio. Não sentia ódio a um tempo considerável. Tentou se acalmar quando chegou no quarto, mas nada a acalmava além dos remédios. Iria demorar um pouco até o almoço. Ela não poderia conversar com ninguém, por que todos são envolvidos em uma porcaria de máfia. Era isso que Emma pensava.
Começou a se agitar, ir para lá e para cá. Sentou-se na cama e começou a se balançar, inquieta. Ainda chovia lá fora. Precisava dos remédios, ela precisava dormir.
Entrou no banheiro e lavou seu rosto, repetindo a mesma frase mais cedo, repetindo ela várias e várias vezes, com os olhos fechados e a voz baixa, para que somente ela pudesse ouvir.
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𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑬́ 𝑨𝑷𝑬𝑵𝑨𝑺 𝙈𝙄𝙉𝙃𝘼 - Jemma
FanfictionEmma Myers, uma garota jovem e bonita, desejada por muitos e a causa da inveja de muitas mulheres. Por mais que seu nome seja popular, ela não se sente feliz em momento nenhum, seu nome é lembrado como a filha de um bastardo golpista e endividado, q...