Capítulo 6

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Emma Myers Pov:

Eu estava horas sem dormir, tinha tomado remédios para isso e mesmo assim não conseguia. Meus olhos ardiam por conta da insônia, já eram 23:00hs da noite e eu até pensei em descer e ir para sala mas lembrei que não podia sair do quarto depois das 22:00hs, então eu apenas me virei de costas e encarei a cortina, em uma esperança de pegar no sono.

- Você ainda está acordada, emmy? - Pulei da cama com o susto que Jenna me deu, coloquei as mãos no peito tentando controlar a respiração. Eu era uma velha, não podia tomar sustos e....calma ae, como Jenna conseguiu entrar no quarto sendo que eu havia trancado a porta?

- Como entrou? - Perguntei indiferente.

- A casa é minha, eu tenho a chave reserva de todos os quartos. - Respondeu se deitando na cama que eu estava, me fazendo levantar e ficar sentada na pontinha do colchão.

- Não tranque mais a porta. - Disse esticando seu braço e encarando suas unhas, que tinham um tom de vermelho bem forte.

Fiquei em silêncio, mexia meus dedos e torcia para ela ir embora logo. Seu cheiro agora não era ruim, ela tinha um cheiro doce e suave, seus cabelos estavam soltos e ela usava um pijama preto com alguns botões abertos. Eu não estava secando ela, apenas consigo perceber cada detalhe de algo ou alguém em segundos.

- Está esperando eu te puxar pra você finalmente deitar na cama? - Perguntou um pouco impaciente.

Não respondi, não olhei para ela, eu só queria ficar sozinha. Estava com medo do que ela iria fazer comigo, os remédios não estavam fazendo efeito ainda e eu veria, eu sentiria se acontecesse alguma coisa...

- Não vamos transar, deita na cama Emma!-Disse quando mais um vez não obteve nenhuma resposta minha.

O que ela disse me deixou tão aliviada, que com muito cuidado eu deitei na cama, tentando não encostar em Jenna. Fiquei encolhida até sentir suas mãos na minha cintura, me puxando para trás e colando nossos corpos. Por dentro, eu estava desesperada, queria sair dalí, queria muito sair dalí, pra bem longe dela e seu corpo perfeito e suas mãos frias, tão frias que poderiam ser comparadas com as mãos de uma pessoa morta.

Jenna afundou seu rosto no meu pescoço, me deixando desconfortável e arrepiada ao mesmo tempo. Suas mãos na minha cintura rodeava mais ainda o local, enfiando-as bem debaixo da minha pele, o que mais uma vez, me deixou arrepiada.

- Você tem um cheiro tão bom... qual perfume usa? - A morena disse, tirando seu rosto do meu pescoço e esperando por uma resposta.

- Não uso perfume. - Disse indiferente como sempre.

- Está me dizendo que você tem o cheiro doce naturalmente?! - Perguntou.

- Uso creme. - Mais uma vez a respondi de um jeito seco e sem ânimo.

Jenna estava inquieta. Ela rodeava suas mãos na minha cintura e depois subia e descia elas, tirava e colocava suas mãos na minha cintura. Aqueles toques estavam me deixando confusa, mas não me atrevi a dizer uma palavra.

- Achei que vc não usava sutiã com renda. - Disse no meu ouvido, enfiando mais uma vez seu rosto no meu pescoço.

Suas frases me deixavam com arrepios discretos na minha pele, eu queria sair de seus braços e lhe dar outro tapa, mas ele era macio e confortável...seu corpo inteiro era.

- Já está dormindo? - Jenna perguntou.

- Não.

Depois disso tudo ficou silencioso, Jenna ainda mantia suas mãos na minha cintura e seu rosto no meu pescoço, conseguia sentir sua respiração, queria sair dalí...mas como?

𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑬́ 𝑨𝑷𝑬𝑵𝑨𝑺 𝙈𝙄𝙉𝙃𝘼 - Jemma Onde histórias criam vida. Descubra agora