— Aí está a minha linda filha postiça! — Tereza correu até Gattaz para abraçá-la.
Um abraço do tipo escocês, bem apertado. Nada daqueles beijos no ar do sul, como sua mãe sempre dizia. Sheilla sentiu seu coração se aquecer. Tereza e Caroline se amavam. Quando finalmente se soltaram, a amiga de Sheilla deu um passo para trás, abrindo seu melhor sorriso.
— É ótimo te ver, Tereza. Está pronta para ver sua filha se casar com alguém que é quase da realeza?
— Esperei por seu casamento desde que ela era uma batatinha. — Tereza colocou o braço ao redor do ombro de Sheilla, apertando com firmeza. — Mas vê-la se casando com um riquinho? Isso eu nunca imaginei.
Estavam no Bart's Bar, em Canary Wharf, onde Sheilla e Caroline trabalhavam. Eram seis da tarde de uma quinta-feira, e o bar estava cheio de pessoas que haviam saído para beber depois do trabalho, sem paletós e gravatas frouxas.
Era o mundo delas, mas não o de Gabriela.
Como será que era seu mundo? Sheilla não tinha ideia.
Tudo que sabia era que a moça era uma exímia solucionadora de problemas. Alguém que realmente se dedicava ao trabalho. Mas quem era ela? Sheilla não sabia. Queria poder mudar isso logo. Gabriela estava se tornando alguém com quem ela contava para apoio. A moça havia dito que ela poderia perguntar qualquer coisa, mas sempre conversavam sobre Sheilla e nunca sobre ela. Gabriela se mudou muito quando criança. Morava com a melhor amiga em Brighton. Tinha bom gosto para roupas. Isso era tudo que sabia.
— Será que vocês podem parar de exagerar quando a Gabriela chegar? Gostaria que ela não pensasse que somos doidas. — Tereza esticou o braço por cima da mesa, dando tapinhas na mão de Sheilla.
— Se a carapuça serve, amor.
— A propósito, o Breno não é da realeza. A família dele só foi bem- sucedida negociando propriedades. E eu não estou me casando com ele por causa de dinheiro, então podem parar de fazer essas piadas na frente da Gabriela? — Tereza se recostou na cadeira com um suspiro.
— Eu nunca disse que Breno era uma pessoa ruim. Sei que ele é adorável desde quando ficou em nossa casa. Ele comeu a salsicha que seu pai fez no café da manhã e nem perguntou o que era. Isso é amor.
Sheilla riu. Breno era exatamente assim, se encaixava em todos os lugares.
— Só quero que a Gabriela tenha uma boa impressão. — Carol ergueu a sobrancelha para a amiga.
— Jesus, Sheilla. É como se você estivesse se casando com a Gabriela e não com o Breno. Ela é uma empregada, como você mesma disse da última vez que nos encontramos.
Sheilla sentiu o rosto corar. Odiava usar essa palavra. Era assim que Brenda se referia a quem trabalhava para ela. Contudo, realmente se lembrava de ter usado o mesmo termo. Talvez os Blassioli a tivessem influenciado demais.
— Só quero que tudo corra bem. — Sheilla olhou o relógio. — Ela deve chegar a qualquer instante. — Olhou para Carol. — Sem ataques, certo?
Gabriela chegou dez minutos depois, e Sheilla engoliu em seco. Ela estava linda. Usava um macacão azul e sapatos de salto bege, com a cintura marcada por um cinto combinando. Quando a viu, abriu um sorriso enorme e acenou. Breno havia dito que a moça foi encontrar a mãe dele usando um vestido dourado lindo. Ela era um camaleão fashion, se camuflando conforme a ocasião. A madrinha puxou a cadeira que estava sobrando na mesa e estendeu a mão para a mãe de Sheilla.
— Você deve ser a Tereza. — Ela a cumprimentou como se fosse a pessoa mais importante do mundo. — E você, a Carol. — Mais um aperto de mão conforme a moça assentia. Gabriela se sentou, alisando as roupas enquanto falava:
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before you say i do - sheibi
FanfictionSheilla Castro tem o emprego dos sonhos e o noivo perfeito. Mas quando se vê sobrecarregada com os preparativos do casamento, seu noivo contrata Gabriela Guimarães, uma madrinha profissional para ajudá-la. E é aí que seu mundo vira de pernas para o...