epílogo

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Um ano depois...

— Gabriela! Gabriela! — Sheilla revirou os olhos, indo da cozinha para a sala de estar. — Juro, quando estamos vendo Vôlei, você fica completamente surda. — Gabriela não desviou os olhos da tela.

— Vôlei é a única coisa de esportes que gosto. Além do mais, o Minas está ganhando. Tenho essa desculpa. — Ela olhou rapidamente para Sheilla. — O que você estava perguntando?

— Se quer salsicha lorne no brunch? É demais? — Gabriela se levantou, e foi dar um beijo em Sheilla.

— É claro que quero. Sempre quero. Se eu não quiser, você vai pedir o divórcio. Não é assim que isso funciona?

— Não posso me divorciar se não estamos casadas. — Um sorriso apareceu nos lábios de Sheilla. Gabriela acenou uma mão no ar.

— Detalhes. E vamos conversar sobre isso com nossos pais, certo? — O estômago de Gabriela se revirou. — Nem consigo acreditar que vamos apresentar todo mundo. Especialmente quando está passando jogos de vôlei. Que tipo de planejamento é esse?

— O seu, acho. — Sheilla lançou um olhar para ela. — Seus pais vão comer salsicha lorne?

— Vão comer qualquer coisa que colocar na frente deles. Incluindo eles mesmos. Então vamos manter a conversa fluindo antes que isso aconteça, tudo bem? — Sheilla assentiu.

— Você faz todos soarem terríveis. Os dois são pessoas adoráveis.

— Individualmente, sim. Juntos, nem tanto. — Gabriela apertou os lábios.

— Mas eles precisam se encontrar uma hora, então pode ser hoje. — Ela puxou Sheilla para mais perto. — Mas tudo vale a pena, se eu me casar com você no fim disso. — Sheilla sorriu. O sorriso que ela só tinha para Gabriela. — Quem diria que a srta. Só Uma Noite diria isso? — Gabriela pressionou um dedo contra o próprio peito.

— Eu não. — Ela inclinou a cabeça. — Você quer mesmo se casar comigo? — Sheilla deu um tapa na sua bunda.

— Pare de fazer perguntas idiotas.

— Tem certeza de que esse é o seu casamento dos sonhos?

— Eu nunca tive um casamento dos sonhos. Tive um casamento que achei que precisava ter. Mas nem cheguei ao final. — Ela fez uma pausa. — Por falar nisso, esqueci de te contar. Eu vi Jaque semana passada em Londres, quando estava na reunião do trabalho novo. — Gabriela ficou imóvel.

— A prima do Breno? — Sheilla assentiu.

— E como foi? — Desconfortável era a primeira palavra que conseguia pensar. Sheilla inclinou a cabeça.

— Surpreendentemente bem. Quase normal. Tomamos um café. Ela falou que a minha despedida de solteira foi uma das melhores que ela já foi. Não estava esperando por isso. — Gabriela exalou.

— Ela falou do Breno? — Sheilla assentiu.

— Falou, sim. Ele está com uma namorada nova. Na verdade, uma noiva nova. — Ela esfregou as palmas da mão nas coxas. — Então o Breno superou. Fico feliz por ele.

Gabriela a abraçou apertado. Sheilla tinha ficado tão agonizada pela dor que tinha causado. Era bom saber que Breno ia ter o final feliz que ele também merecia.

— Fico muito feliz por ele também — Gabriela respondeu. — A febre do casamento está claramente no ar. Só que o nosso casamento: prefeitura de St. Albans, pizza, cerveja, e música ao vivo. Não é muito pouco para você? — Sheilla riu.

— Você sabe que vim de Glasgow, certo? Pode até ser que moremos nas ruas chiques agora, mas consigo lidar bem com qualquer coisa. — Ela fez uma pausa. — Além disso, você viu a cara da minha mãe quando contamos? Acho que ela se lembrou do casamento dela. Muito mais casual e simples. Então isso é outra coisa a seu favor. Além do fato de que você ama a filha dela.

— Não posso negar. — Gabriela encarou Sheilla.

Ainda linda. Ainda sua. Em algumas manhãs, ela acordava e não conseguia acreditar na própria sorte. E agora elas iam deixar as coisas oficiais. Se casar, e então tentar ter um bebê. Uma pequena Sheilla parecia adorável.

— E essa semana? Pronta para começar o novo emprego?

Depois do casamento que nunca aconteceu, Sheilla ficou no trabalho por quase um ano antes de entregar a demissão. José Roberto quase tinha chorado. Ela alugou o apartamento de Londres e as duas alugaram um em Hove, enquanto procuravam um lugar que pudessem comprar juntas. No entanto, poderia demorar um pouco até terem dinheiro, porque Sheilla tinha aceitado um trabalho com caridade que pagava bem menos, e Gabriela ainda era dona da própria empresa, agora com um foco maior em planejamento de casamentos, e às vezes trabalhando como assistente pessoal da noiva. Tinha tirado a parte de madrinha profissional do seu negócio. O tempo passado longe de Sheilla não era um tempo bem gasto, essa era a sua opinião.

— Mal posso esperar — Sheilla falou. — Finalmente vou realizar meus sonhos de infância, e tudo por sua causa, minha falsa amiga de infância.

— De nada — Gabriela respondeu. — De todas as minhas amizades falsas, a nossa é a minha favorita.

— E quanto a versão atual, a verdadeira? — Gabriela beijou os lábios dela.

— Parece que saiu dos meus sonhos.

Fim.

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é isso gente, nem vi se bateu a meta, mas queria dar um fim a história logo. obrigada por cada comentário e por estarem aqui, quem sabe eu volte com alguma história um dia desses, beijos 🤍

-M

before you say i do - sheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora