capítulo 5

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Gabriela combinou de se encontrar com Sheilla no Pinkies Up, uma adição recente ao burburinho de cafés na Balham High Street. Ela havia entrado em contato com Athos, um amigo que morava ali perto, e ele comentou que aquele lugar era badalado. E não estava errado.Gabriela gostou da atmosfera.

Estava adiantada, pois era assim. Gabriela se sentou e olhou ao redor enquanto bebia seu café americano com leite quente. O lugar estava cheio, com alguns pais, crianças e também pessoas digitando furiosamente em seus laptops. Gabriela nunca os entendeu até começar o próprio negócio. Agora, sabia como era ter a oportunidade de trabalhar fora das quatro paredes da sua casa, com o burburinho da interação humana. Apesar de que depois do longo trabalho que fez, ansiava por uns dias de solidão. Lidar com o público era parte de seu trabalho, e isso nunca foi fácil.

Exatamente às dez, uma mulher entrou torcendo as mãos e com o olhar furtivo percorrendo o café. A mulher do e-mail. Sheilla.Gabriela se aprumou. Mesmo que não tivesse visto sua foto, saberia que era a cliente. Já havia feito isso muitas vezes. Apesar de que. normalmente, as noivas não eram tão relutantes quanto a moça soou ao telefone. Elas adoravam ter atenção extra. Talvez Sheilla fosse um desafio maior que o normal.

Gabriela disse a ela que estaria usando uma camiseta amarela. Sabia que contrastava com sua pele queimada de sol, sempre recebia elogios quando usava essa cor. Escolheu calça preta e um par de tênis brancos para parecer casual, mas também arrumada. Se estivesse formal demais no primeiro encontro, costumava prejudicar tudo. Gabriela ficou de pé e acenou para Sheilla. Ela estendeu uma mão quando a moça se aproximou.

— Obrigada por vir, Sheilla. É um prazer te conhecer.

A cliente apertou sua mão com força e ofereceu um aceno de cabeça, se sentando de frente para ela. Usava blusa preta e jeans escuros. As unhas estavam pintadas de vermelho. Isso dizia a Gabriela que Sheilla se cuidava. O cabelo escuro era na altura dos ombros, levemente ondulado. E ela tinha lindas maçãs do rosto. Sem dúvida nenhuma, Sheilla era incrível. Segurou a bolsa Coach marrom conforme analisava Gabriela de cima abaixo. Será que seus cachos, os olhos castanhos e o melhor sorriso passariam no teste? Parecia que sim, porque o corpo de Sheilla relaxou visivelmente.

— Quase não vim. — Ela tinha um leve sotaque escocês. Então se recostou na cadeira. — Mas fiquei pensando na educação que recebi em casa. Sei que você veio de Brighton, então seria grosseria te dar um bolo. — Os ombros se levantaram e depois relaxaram novamente. — E agora, aqui estou. Quanto tempo vou ficar... bem, aí depende.

— Depende do quê? Se o café é gostoso? Estou achando que sim. — Gabriela chamou a atenção de uma garçonete. Sheilla fez o pedido. Se revirou no assento novamente antes de pendurar a bolsa na parte de trás da cadeira. Ela ia ficar. Gabriela conseguiu vencer a primeira rodada.

— Tenho que admitir, você não é o que eu estava esperando.

— É? — Gabriela raramente era. — O que você estava esperando?

— Alguém usando um vestido de madrinha. Eu sei que é idiota. Você não está em um casamento, então por que faria isso? É só que você parece uma das minhas amigas. Alguém que eu conheceria. Não estava esperando algo assim. — Gabriela sorriu.

— O trabalho é mais ou menos esse. Preciso aprender a me misturar e a fazer parte da sua vida. Posso fazer isso do jeito que você preferir. — Ela ergueu alguns cachos do cabelo castanho na altura do ombro. — Essa é quase a cor natural do meu cabelo, com um pouco de ajuda do salão. Mas já pintei de vermelho, loiro e até mesmo preto quando precisei. Sou quem você precisa que eu seja. — Gabriela observou a estatura de Sheilla. A moça ainda estava tensa. Seu trabalho era continuar a falar para fazer com que relaxasse. Era sua especialidade. — Mas já estou indo longe demais.

before you say i do - sheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora