capítulo 19

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tô boazinha e quis postar mais cedo hoje, boa leitura :)

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Gabriela liderou o grupo para fora do bar de coquetéis. O volume da festa aumentou em proporção direta com o consumo do álcool. Agora estavam fazendo tanto barulho quanto o motor de um jatinho. Carol e Fabi eram as líderes, e Tereza estava fazendo um esforço considerável e corajoso para acompanhá-las.

O passeio de iate foi um sucesso. Sheilla não se afogou, e Gabriela resistiu ao impulso de empurrá-la contra a parede da caverna e beijá-la até que se esquecessem de que havia um mundo lá fora. Provavelmente foi melhor. Desde então, levou o grupo de volta para casa, trocou de roupa, saiu para o jantar e então para um bar de coquetéis com as paredes e o menu dourados, o que Tereza declarou que era digno de uma princesa. Depois disso, o grupo todo renomeou a noiva como Princesa Sheilla.

— Qual é o próximo passo da Princesa Sheilla? — Caroline perguntou.

Gabriela checou o celular. A próxima parada era o Club Orange, o único lugar que ela não sabia se Sheilla ia gostar. Enviou uma mensagem ao motorista para avisar que estavam prontas, e ficaram esperando a alguns metros da entrada. A minivan apareceu alguns minutos depois, e Gabriela abriu a porta, avisando para onde iriam em um francês fluido. Sempre gostou daquele idioma, e estava animada para praticar mais. Nunca falhava em impressionar mulheres, o que também era um ótimo efeito colateral. Hoje, não foi exceção.

— Você não faz muito meu tipo, Gabriela, mas eu poderia te ouvir conversar com o motorista a noite toda, mesmo que você só esteja falando qual o melhor caminho para chegarmos ou para fazermos uma parada para o banheiro. — Gabriela sorriu para Helena quando se sentou.

— Posso perguntar onde é o McDonald's mais próximo também.

— Não consigo comer mais nada. Talvez um francês estonteante chamado Jaques — Tereza disse, gargalhando da própria piada. Sheilla deu um tapinha nela.

— Mãe! O que eu falei? Pare de me envergonhar. E também baixe a bola com o desejo de devorar franceses. Se não tomar cuidado, você vai acabar gravando isso e vai mandar para o meu pai. — Tereza soltou um gritinho.

— Bruno ficaria bem. Vocês jovens são tão antiquados. Beijei quatro homens na minha despedida de solteira, e ninguém morreu por isso. É um rito de passagem. — Ela pressionou o indicador no ombro de Sheilla. — Você não beijou ninguém. — Tereza ergueu uma sobrancelha quando Gabriela finalmente fechou a porta da van. — O que acha, Gabriela? — Ela se virou e olhou diretamente para Tereza.

— O quê?

— Sheilla precisa pegar alguns homens essa noite. Isso faz parte dos planos? — Gabriela sorriu, olhando de soslaio para Gattaz e depois para Sheilla.

— Bem, não está na planilha, mas a vida não é só feita de planejamento, não é? — Gritos de comemoração ecoaram na van. Tereza cutucou a filha com o cotovelo.

— Vamos encontrar um ruivo, um loiro e um moreno no Club Orrannge? — perguntou, usando um sotaque francês na última palavra. Gabriela sorriu. Mais gritinhos soaram enquanto Sheilla sorria arrependida.

— Tenho escolha?

— Nãooooo! — foi a resposta.

— Há ruivos na França? — Paula perguntou. — Acho que nunca vi um.

— É claro que sim, mas chamam de Roux.

— Adorei — disse Tereza. — Prontas?

— Prontas! — Foi a resposta entusiasmada.

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