A jovem Alyssa White de 20 anos esconde muitos traumas e segredos do passado, mas deixando seu passado enterrado para trás na sua antiga cidade, ela decide seguir em frente e viver uma nova vida na pacata cidade de Williston, Flórida. Mas diferente...
Era domingo a noite. Eu estava sentada na minha poltrona encarando meu sofá. Lembranças de ontem invadiam minha mente como se fossem um filme e me obrigavam a ficar pensando nelas.
Deixei que ele me tocasse naquele lugar. Deixei que ele me chupasse. Pior, implorei pra que ele me chupasse.
A culpa me consumia por inteira. E a confusão rodava minha cabeça. Por que eu deixei aquilo acontecer? Por que eu gostei daquilo?
Eu não entendia. Não entendia como pude deixar alguém me tocar tão intimamente, não foi ruim, foi bom até demais. E era isso que me assombrava, o fato de que eu gostei. Ninguém me tocou daquela maneira.
Eu não era totalmente inexperiente. Li muitos livros e sabia sobre sexo, mas era algo muito mais na teoria. Era muito diferente ao vivo e a cores, mas era bom. Assim como as protagonistas dos meus livros descreveram.
Droga Alyssa! Você não está em um livro. Essa é a porra da vida real.
Damon não veio me ver ontem como disse. E agradeci por isso, acho que não conseguiria olhar em seus olhos. Provavelmente nunca mais vou conseguir encara-ló. Meu Deus, isso definitivamente é um castigo! O que é que eu fiz pra merecer isso?
Fecho os olhos e encosto minha cabeça para trás. Eu mal conseguia me sentar sem que minha bunda doesse. Ontem passei o dia deitada. Meu corpo estava cheios de marcas, minha cintura e meus seios estavam doloridos e tinham marcas de dedo.
Minha intimidade ainda estava meio sensível e vez ou outra eu jurava que ainda conseguia sentir seu longo dedo em mim. E ela sempre ficava melada quando eu me lembrava desses acontecimentos. Eu estava fodida.
Assim que acordei o arrependimento me arrebatou. Eu não devia ter feito aquilo. Pior ainda, deixei que ele tirasse fotos minhas, naquele estado. Minhas bochechas queimam de vergonha só em lembrar.
Eu era tão burra, e se Damon vazasse? Não, ele disse que não faria isso. Mas e se fizesse? Damon não é flor que se cheire e agora tem nudes meu. Que merda! Eu estava tão arrependida de ter aceitado aquele emprego, agora amanhã teria que encara-ló. Não, eu iria dizer que não quero mais, vou recusar sua proposta e lhe dizer que sinto muito, mas seus problemas de família não são da minha conta. Já basta os meus.
Suspiro cansada de tudo isso. Damon só me roubava os sentidos, e agora eu nunca mais estaria bem novamente. E ele sabia disso, sabia que eu nunca mais irei tirar a imagem dele com o rosto entre minhas pernas e depois todo melado, da minha cabeça. Ele é cruel.
Meu celular vibra na mesinha de centro e eu me estico o pegando. E lá estava ele. O motivo de meus pesadelos me assombrando novamente. Ele parecia me perseguir.
Escuto uma batida na porta e ignoro. Desligo o celular e ignoro suas mensagens também. Talvez se ele pensasse que eu não estou aqui, ele iria embora. Mas ele bate novamente e meu celular se ilumina com uma nova mensagem.
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