Loudest Scream

Another chapter of life closed.

[COLOQUEI NA MULTIMÉDIA FOTOGRAFIAS DE COMO FUI AO MEU BAILE. DIGAM-ME ALGO PF]

"John? Mariah?" contemplo, surpresa com a visão real diante de mim, permitindo os meus lábios entreabertos indicadores do meu estado petrificado.

A possibilidade que o John e a Mariah tenham permanecido nesta casa, durante tanto tempo após a minha mudança, é simplesmente aterradora. Só espero estar errada pois caso contrário, sentir-me-ia tão egoísta.

"Alguém se sente confuso, neste momento.." Louis meio que me murmura, ainda fixando o seu olhar nas duas pessoas diante de nós, visivelmente desconfiado.

"John.. Mariah... O que estão aqui a fazer? Quero dizer.." quanto mais eu procuro pelas palavras, mais elas fogem de mim.

"Menina Emma.." a mulher de quase sessenta anos observa-me, incrédula, tal como John que não pronuncia uma única palavra.

"Hum..Louis.." capto a sua atenção para o elucidar acerca do que está a acontecer. "A Mariah era, digamos que, a governanta desta casa. O John era o porteiro desde que eu sou bebé."

Louis franze o sobrolho, novamente desconfiado e com toda a sua razão. Ele encara-me, seguindo-se para as duas pessoas repetindo consecutivamente o mesmo processo.

Não o censuro. Eu própria estou confusa com toda esta situação. A Mariah segura num pano que reconheço como sendo dos tempos em que ela limpava os vidros, e o John apenas permanece sentado na calçada, situada pouco antes de alcançar a relva, junto à varanda que Mariah limpa.

"Menina Emma, perdoe-nos mas.." John começa e parece-me imediatamente errado.

"Não John, por favor." digo num tom sério e sereno marcando a minha posição perante o pedido que estou prestes a fazer. "Peço-vos, aos dois, não me voltem a tratar por Menina Emma. Esse nome, essa vida...pertencem ao passado, por favor. Apenas Emma."

"Claro Meni... Claro Emma." Mariah apressa-se a corrigir, esboçando um sorriso.

O homem de cinquenta e poucos anos, aproxima-se de mim e de Louis, juntamente com a Mariah. Reparo que ambos possuem os olhos brilhantes, sendo que antes que eu tenha oportunidade para questionar algo ou até o que os perturba, ambos me abraçam em simultâneo.

Por momentos, perco-me na forma como devo reagir. Louis afasta-se, todavia não quebra o contacto visual comigo; ele assente com a cabeça meio que a aconselhar-me para ouvir a voz do meu coração. Cedo quando os abraço de volta e sinto os soluços de Mariah serem abafados pelo meu ombro.

"Oh, obrigada querido." Mariah agradece a Louis quando este lhe oferece um lenço para limpar as suas lágrimas, ao qual o moreno apenas assente com um sorriso compreensivo tão característico da sua parte.

"O que se passa? Contem-me, eu estou a ficar tão preocupada..!" admito, sem mais hesitações.

"Lamento imenso Emma. A Mariah e eu temos permanecido nesta casa desde o dia que te mudaste, apesar de teres partido." John revela, encarando o chão com uma certa vergonha estampada no seu rosto.

O quê? Céus, como será isto possível?

"Não conseguimos desprender-nos desta casa, Emma." Mariah justifica-se, meio a soluçar. "Céus, tantos, tantos anos aqui passados. Não conseguimos simplesmente abandonar isto! A nossa vida toda, está aqui, nesta casa."

"Isso quer dizer que durante estes meses têm continuado a viver aqui?" Louis arqueia as sobrancelhas em surpresa, tal como eu.

"Sim, é exatamente isso." John admite, trocando olhares com Mariah. "Emma, se quiseres, podemos abandonar esta casa, se assim for essa a tua vontade."