She's only human.

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Capítulo 67

[Este capítulo terá 2 músicas, é dos únicos que terá mais do que uma música! Portanto até aparecer um sinal ( *** ) leiam ao som da música que coloquei na multimédia, após o sinal leiam ao som da música que coloquei no link externo, respetivamente Human - Christina Perrie #bfree Maddie Hanson Dance on Network  e, Christina Aguilera - Hurt]

*Louis POV

"Nãooo!" o meu berro ecoa por todo areal, tornando-se no mais alto grito.

Adquiro toda a velocidade que nunca antes havia experienciado e corro em direção ao mar. Corro, parece que o faço pela minha própria vida. Mas não é a minha, é a da Emma.

Não Emma, não merda. Que disparate foi ela fazer? Eu vi, eu observei-a ser engolida pela gigantesca onda e infelizmente, ainda estava eu a sair do carro. Ela imergiu, o seu corpo deixou de estar visível e não a consigo avistar.

"EMMA!" volto a berrar, apesar de ter a noção que é inútil. Ela não consegue ouvir-me, está inconsciente.

Descalço-me atrapalhadamente consoante me aproximo da beira-mar, retiro a camisola passando-a pelo pescoço e atiro-a para o meio de nenhures. Não importa.

A Emma alcançou o seu limite, ela atingiu o ponto de rutura e quebrou por completo. Por muito que custe admitir, ela está completamente destruída e a culpa deve-se inteiramente a mim e ao Harry.

Se ela não conseguir sobreviver..se algo lhe acontecer, nunca me perdoarei. Eu fui um filho da mãe de um egoísta. Inúmeras vezes ponderei revelar-lhe antes que fosse tarde demais, eu pretendia evitar que doesse tanto mas fui um idiota porque permiti que o medo me consumisse, se apoderasse do meu corpo e nada fiz para impedir.

"Foda-se, aguenta Emma!" apesar de ter a consciência que ela não me ouve, continuo a berrar por ela, pelo seu nome. Talvez isso me faça manter a esperança viva e acreditar que não a perdi.

Mergulho diretamente na água sem qualquer hesitação. Quase sofro um choque térmico perante a minha temperatura corporal e a baixíssima temperatura da água.

Uma vez mais, o que realmente me preocupa e ocupa o meu pensamento, é a Emma. Por esta altura, pressagio que ou eu me despacho e a retiro do mar ou demorará meros segundos para ela começar a sofrer de hipotermia que, consequentemente, ditará a sua morte.

Não, não. Porra, a Emma não! Como pudemos provocar-lhe tanto mal? Arruinámos toda a inocência daquele puro anjo, nada restou.

"Emma!..Emma!" invoco, dominado pelo desespero. Observo em redor quando emerjo à superfície, situo-me numerosamente afastado da linha de costa, as correntes de convecção praticamente arrastam-me em direção ao horizonte e eu luto contra a maré.

Não posso desistir, não sem primeiro encontrar a Emma e colocá-la em segurança. A aflição é agoniante, sufocante e se não mantiver controlo surgirá a dificuldade em respirar.

"Eu estou aqui Emma, eu vou salvar-te!" sinto-me como se procurasse por uma agulha num palheiro. A hipotética hipótese de a Emma ter sido levada pela corrente, consome-me, conduz-me ao declínio, ao pior grau da minha insanidade.

Volto a submergir, mantenho os olhos abertos apesar de me encontrar debaixo de água. É a real tortura. Não encontro a Emma e o frio desgasta-me, gela-me cada osso e partícula do meu ser.

Rezo mentalmente, torço para a sua sobrevivência e eu dava tudo para que ela me pudesse ouvir neste instante. Segura a tua respiração Emma, mantém-te viva. Merda, tu és apenas humana..também te despedaças e quebras porque tu és só humana.

Loudest ScreamWhere stories live. Discover now