Hold on to me, love.

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[Leiam ao som da musica que coloquei na multimédia, por favor.]

Os meus olhos abrem-se lentamente.

A minha mente ainda está confusa e um turbilhão de pensamentos me ocorrem.

A única coisa que eu tenho certeza é que aquele, não era o Liam.

"A nossa bela adormecida acordou." uma voz ecoa na divisão.

"Onde estou..?" pergunto num fio de voz. "Quem és tu? O que me fizeste?"

"Ora minha querida, nunca te ensinaram a não falares com desconhecidos?"

Encontro-me sentada num canto da sala, e a outra pessoa está de pé no outro canto.

Por fim, desloca-se da penumbra para a claridade e eu consigo ter a perfeita noção.

"Raymond.." observo, numa voz trémula.

"O próprio. Como te sentes princesa?"

Aquilo que ele me chamou provoca-me náuseas e uma súbita vontade de vomitar.

"O que queres de mim? Deixa-me ir embora." suplico.

"Tão querida, oh." ele goza. "Pensavas mesmo que só por pedires, eu iria libertar-te?"

Uma gargalhada alta escapa dos seus lábios e o nojo em mim aumenta.

Não, não. Não estou preparada para morrer. Ainda não chegou a minha hora, eu sei disso. Logo agora que estava a reconstruir uma nova vida? Recuso-me a aceitar.

"Quem é a pessoa que se fez passar pelo Liam?" questiono, nervosa.

"Já estás a querer saber demasiado."

"O saber não ocupa lugar." atiro com bravura.

"Não tentes." Raymond aproxima-se e rosna. "Não tentes testar-me."

Ele vira costas e fico aliviada em perceber que ele vai embora.

No entanto, ele volta-se como se subitamente se tivesse recordado de algo.

"O meu amigo que se fez passar pelo teu amigo..vai tratar de ti." o homem lança-me um sorriso cínico e a repulsa aumenta.

As lágrimas percorrem o meu rosto e estou aterrorizada.

Mas não, eu não vou desistir. Nem pensar.

*Harry POV

Se eu dissesse que já percorri meio Estado de carro, eu não estaria a exagerar.

Ainda não encontrei a Emma. Os nervos estão a levar-me ao limite, a raiva trespassa-me e eu realmente não sou muito bom a controlar-me.

Sinto que se eu apanhar o responsável por toda esta situação, sou bem capaz de o espancar até ele já não respirar.

Tento ligar para o telemóvel da Emma, de novo. Pelo menos consegui que a Blair mo desse.

"O número para o qual tentou ligar, não está disponível." a voz robótica diz.

"Merda!" expludo.

Atiro o telemóvel contra a janela do meu carro e é uma sorte nenhum dos dois ter partido. Aperto o voltante com tanta força que os nós das mãos tornam-se brancos.

Após mais meia hora de carro, decido estacionar num bosque. Se não o fizer, vou dar em maluco e ainda tenho um acidente.

O meu telemóvel vibra com uma chamada e nem me dou ao trabalho de verificar o número, atendendo completamente indiferente.

Loudest ScreamWhere stories live. Discover now