And we run for this killing love.

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[LEIAM TODO O CAPÍTULO AO SOM DA MUSICA QUE COLOQUEI NA MULTIMÉDIA PARA PROPORCIONAR INTENSIDADE! E por favor, leiam a nota de autora no final do capítulo! Within Temptation - And we run]

Capítulo 77

"Nãooo!" o berro ecoa poderosamente, brutalmente infindável e não consigo distinguir se se trata do meu cérebro a manipular o meu consciente ou se estarei ciente.

"O quê!?" o Raymond pronuncia-se igualmente incrédulo.

Eu avisei-a! Merda, eu avisei a Emma para procurar por ajuda sem nunca olhar para trás! Por que é que ela nunca me ouve? Raios, não era suposto ela estar aqui, não é suposto a Emma revelar-se!

A ação decorre em segundos. A porta é fugazmente aberta pela sua figura desesperada, o Raymond estaca, petrifica ao observar a Emma surgir subitamente, correr na minha direção esquivando-se dele e dos seus homens. O capanga do Raymond parece nem ter dado conta da inesperada e súbita presença da Emma sendo que o seu braço permanece altivo, prestes a embater no meu peito depositando o golpe final.

"NÃOO!" o meu corpo gela, o meu berro adquire uma potência e intensidade exuberantes pois sinto as veias sobressaírem sob a minha pele, a minha garganta seca.

Os meus lábios entreabrem-se, os olhos são inevitavelmente arregalados de tal forma que quase assumo que eles sairão de órbita. Apesar de parecer decorrer em simples segundos simultaneamente assemelha-se a uma ação em câmara lenta.

Pânico e desespero fluem brutalmente nas minhas veias quando a Emma se ajoelha diante de mim, cobrindo todo o meu corpo assemelhando-se a um escudo protetor e o bastão embate agressivamente nas suas costas. Os nossos olhares fitam-se mutuamente, os meus arregalados, os da Emma permanecem em paz. Paz por estar novamente a meu lado.

Não...não! Porque voltou atrás no trajeto? Eu implorei-lhe raios! O silêncio instala-se devido à inesperada ação que decorreu diante dos olhos do Raymond, o seu capanga igualmente por ao invés de me atingir, ter sido nela.

"Shh, vai ficar tudo bem, certo?" ela murmura, somente eu consigo ouvi-la. O pânico não abandonou a minha alma irrequieta. Não consigo acreditar naquilo que se sucedeu diante dos meus próprios olhos arregalados.

Uma lágrima escorre pelo rosto da Emma contrariando o terno sorriso que ela me dirige e esboça apenas e unicamente para mim. Devia ter sido eu a sentir o golpe, nunca a Emma e uma vez mais falhei e ao invés de salvá-la como prometido, foi ela que me salvou do golpe final que ditaria o fim da minha vida.

"Prossegue." o Raymond dita as suas ordens, não hesita demonstrando um tom firme e seguro de si mesmo. O quê? Que merda...espera, prosseguir o quê?!

"Sai Emma, sai!" os meus berros adquirem uma intensidade extraordinária, provavelmente preenchendo toda a mansão. Gritos desesperados pela vida daquela que amo.

Ela não obedece. A Emma permanece debruçada sobre mim, protegendo-me como um escudo e não quero acreditar na situação que decorre. Que merda fui eu fazer? Eu provoquei isto à Emma.

"SAI!" é inútil e ela fecha os olhos, prepara-se para me proteger apesar da brutalidade da dor que se cravará nela. Não, não..não! Desesperado, tento incontrolavelmente, incessantemente soltar-me, libertar-me e trocar de lugar com a Emma.

Porque está ela a proteger-me? A Emma não suportará tamanha dor, porra! Pontapeio incessantemente a cadeira, preciso de soltar-me e parece que quanto mais tento, menos resultados adquiro. Esbarro os pulsos contra as costas da cadeira, não importa o quanto vá doer, não interessa se rasgará a minha pele porque o meu objetivo é salvar a Emma.

Loudest ScreamWhere stories live. Discover now