"Menina Emma!" John exclama quando depara-se comigo a correr disparada para o interior de casa.
Abro e fecho a porta de entrada abruptamente, desloco-me apressadamente para o escritório com as intenções claras e objetivas na minha mente.
Seguro o objeto imobilizado no cimo da mesa, digito velozmente o número e coloco-o ao meu ouvido enquanto ainda me resta esperança, enquanto esta reside na minha essência.
"O número para o qual tentou ligar, não se encontra dispo..." a voz robótica diz e eu desligo a chamada telefónica antes que esta termine.
Porra Zayn! Onde estás tu quando mais preciso de ti?
*Volta para casa, por favor. Eu preciso de ti.* envio-lhe uma mensagem, consciente que o Zayn não a verá tão cedo.
Cerro os olhos, respiro fundo inspirando e expirando consecutivamente e repetindo o mesmo processo. O suposto seria ajudar a tranquilizar, contudo, ao invés o nervosismo somente cresce e cresce.
Levo as minhas mãos à cabeça, comprimo-a exercendo alguma intensidade, cerro os olhos e uno os lábios com a finalidade de abafar um novo grito.
Cambaleio pelo escritório, desnorteada, perdida. O que estou a fazer com a minha vida?
E rendida a um instinto impulsivo, deslizo o braço pela secretária. Arrasto e arremesso os objetos para chão, o estilhaçar do pequeno candeeiro é audível, sendo este a minha chamada de atenção para a realidade em que me encontro...a realidade em que enlouqueci.
"Mas que raio...?" para meu espanto, a porta abre-se de sobressalto e uma voz faz-se ouvir.
Estremeço devido ao sobressalto. Volto-me de imediato e deparo-me com a última pessoa deste mundo que esperaria encontrar na minha casa.
"Harry?" o choque reside na minha voz.
"Que merda estás a fazer?" boquiaberto, ele analisa atentamente a divisão.
Como e por que haveria ele de estar aqui? Uma coisa tenho a certeza: se ele me julgar por esta pseudo destruição do escritório, não hesitarei em expressar-me e retaliar os entraves enjaulados na minha garganta.
"Não é óbvio? Estou a destruir a divisão por puro divertimento, claramente." ironizo.
O Harry franze o sobrolho, o seu olhar queima acentuadamente sob o meu, o silêncio por sua parte é monstruoso e ele parece procurar por algo em mim, talvez algo místico, talvez real.
"Deliraste definitivamente?" ele eleva drasticamente o seu tom de voz.
Como é possível existir alguém tão insensível? Céus, o Harry consome a minha integralmente a minha paciência, ele consome as minhas crenças e ideais, ele puxa-me até ao extremo e expecta que eu lute de retorno.
"Tu apareces, constantemente, nas piores e imprevistas ocasiões da minha vida. Dá-me uma excelente justificação para esses pressupostos e meros acasos." saliento com rigidez. "Aliás, eu exijo por uma."
O moreno alcança-me tão velozmente quanto um simples pestanejar. Atordoada, vejo-me submetida a tal pressão imposta que, quando me apercebo, estou a recuar.
"Primeiramente, tu vais baixar o tom da tua voz." ameaça, a menos de dois metros de distância.
Ao contrário do previsto para Harry, o aviso não surte qualquer tipo de efeito em mim e apesar de cada célula existente no meu organismo tremelicar inseguramente, não o demonstro. Não, não fornecerei esse prazer àquele que vive somente da desgraça dos outros.
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Loudest Scream
Fanfiction❝ Agora eu sou limitada pela vida que tu deixaste para trás e o teu rosto assombra todos os meus sonhos. Despedaçada por dentro, perdendo a minha mente, ofegante pela minha vida. A linha de afinamento entre ti e a minha sanidade está rapidamente a d...
