Loudest Scream

In a space of a heartbeat, everything changed.

Capítulo 61

[LEIAM TODO O CAPÍTULO AO SOM DA MÚSICA QUE COLOQUEI NA MULTIMÉDIA, POR FAVOR! PROPORCIONARÁ MAIS INTENSIDADE AO CAPÍTULO! Within Temptation - Faster]

"John! Mariah! Abram a porta, por favor!" berro desesperadamente, os batuques na porta tornam-se gradualmente intensos, pedindo por abrigo na minha antiga casa.

Ninguém ouve. Ninguém abre a porta. Ninguém se desloca na rua. Eu estou por minha conta. Despistei-me por apenas alguns segundos mas eu sei que ele ainda está atrás de mim.

Não posso ficar parada. Eu, o Louis, o Kyle e o Dylan treinámos durante dias e dias caso isto acontecesse, não posso desiludi-los, não depois de todo o nosso trabalho. Tenho de agir.

Sou bailarina, logo sou hábil. É exatamente isso! Subo para o gradeamento dos enormes portões e tento avançar para o interior da casa.

"Argh, não!" gemo de dor quando a minha perna raspa na decoração bicuda dos portões, evidentes sinais de pessoas ricas. Porcaria de riqueza.

Ignoro, tenho de ignorar. Um golpe faz-se notar quando um fio delineado de sangue surge contudo prossigo. Consigo por fim avançar e salto para o jardim. Todo o meu corpo treme, as mãos e as pernas são definitivamente o pior, assemelham-se a gelatina.

Não perco tempo e corro para as traseiras da casa. Se bem me lembro, nós possuíamos uma réplica da chave original e se não estiver em erro, ela estará enterrada perto das roseiras. Cavo com toda a rapidez que adquiro num pânico evidente.

"Porra, onde estás tu.." será que eles mudaram-na de sítio ou até a retiraram? Não, não pode ser.

Sou atingida por uma felicidade súbita quando as minhas mãos encontram o objeto reluzente. Levanto-me de tal brutalidade sujeita a tropeçar e cair mas isso não é importante agora.

Abro a porta e tranco-a para que não haja hipótese de invadirem o interior da casa. Dessa forma estarei certamente segura. O meu cérebro foca-se em apenas um tópico. O Jasper e o Raymond. Eles conseguiram, eles arranjaram forma de me alcançar.

Incontrolavelmente atrapalhada, seguro no telemóvel e marco urgentemente o primeiro número que me ocorre. O Harry.

"Vá lá, vá lá..atende Harry." murmuro comigo própria, nervosa.

Observo em meu redor. A casa está desabitada, nem sinal do John e da Mariah. Afinal o que está a acontecer aqui? Está escuro, apenas a luz lunar me permite a visualização de certos cantos do espaço embora não seja necessário, conheço-os como a palma da minha mão.

Quarta chamada telefónica e o Harry ainda não atendeu. Ele deve ter a porcaria do telemóvel em silêncio, caramba! Tenho de tentar outro número, não posso limitar-me somente a uma opção!

Perrie. É isso, vou ligar-lhe! Ela certamente atenderá a chamada. Espero que sim, caso contrário..estarei sem hipóteses algumas senão, desenvencilhar-me por mim própria, sozinha.

"Emma? Então, já estás a dirigir-te para cá?" a loira profere de imediato, no exato segundo que atende ao telemóvel. Boa!

"Perrie, ouve-me com toda a tua atenção por favor!" peço num tom claramente suplico.

O meu coração dispara brutalmente a cada segundo, parece que vai rasgar-me o peito, o meu corpo torna-se gélido e quente em simultâneo perante a adrenalina e sobretudo, o medo que flui nas minhas veias.

Não não. Não posso hiperventilar, não agora. Eu já sofri algo pior, certo? Quando fui enterrada viva eu não tive oportunidade de recorrer a alguém. Neste momento, estou a tê-la.