Pov Piquerez
Os dias sem jogar foram passando lentamente, estou pegando leve nos exercícios, mas tem horas que o tedio me pega de jeito e eu acabo exagerando um pouco, me sinto mal e mesmo mal consigo dirigir até a médica. Embora entrar no ct não seja algo que eu goste de fazer para não encontrar com Veiga, ela me diz que não está em casa, onde ultimamente vem me atendendo gentilmente para os exames de rotina. Como estou sentindo muita dor não vejo outra saída a não ser ir até ela. Em poucos minutos chego, estaciono de qualquer jeito e ando apressado fazendo careta e rezando para que ninguém me veja nesse estado, sem falar que eu engordei bastante já e a barriga está cada vez maior.
Abro a porta e a médica me olha preocupada dizendo que estou muito pálido. Tomo um copo com água e ela me examina, diz que preciso pegar leve nos treinos ou posso ficar com fadiga excessiva. Passo alguns minutos descansando na maca e quando ela me trás um suco e um lanche agradeço, pois minha barriga estava mesmo roncando, após outra bronca por não estar me alimentando direito ela me deixa ir.
Sigo em direção ao carro apressado tentando parecer invisível, mas quando me aproximo do veículo vejo que sai tão apressado que deixei a porta aberta, ao entrar tem uma caixa pequena no banco do passageiro e um bilhete com a letra do Veiga, pego o pedaço pequeno de papel e por um momento é como se eu estivesse tocando nele, que falta eu sinto do seu calor.
- Eu te amo, nunca se esqueça disso, e me arrependo pelo que fiz.
Meus olhos marejam e as lagrimas começam a rolar, eu ando muito sensível, chorando até com filmes ultimamente. Abro a caixinha e vejo um sapatinho fofo de bebê, meu peito se aquece de tal forma que as lagrimas pulam por meu rosto, esse é o primeiro presente do bebê e veio do pai, é emoção demais.
''Me perdoa vai?'' Meu coração dá um salto com a voz de Veiga, viro de lado e o vejo parado me olhando todo manhoso.
Deixo o sapatinho no suporte do carro e saio olhando-o nos olhos.
''Eu também preciso te pedir perdão'' por sumir e não atender ele, por beijar Flaco.
''Podemos ficar bem por favor?'' Veiga diz e se aproxima parando a um passo de mim, dou o último passo e passo meus braços por seus ombros sentindo seu abraço gostoso e seu perfume que me traz tantas memorias boas.
Aproximo minha boca da dele sentindo seus lábios roçar aos meus em um beijo lento e melancólico, mas delicioso que me faz até esquecer que ainda estamos no estacionamento e que alguém pode nos ver.
Veiga sorri ao descer sua mão por minha barriga. ''Tá ficando grande''
''Sim está''
Ele me olha nos olhos e me faz sentir como se nada do que estávamos passando, todo aquele rancor e raiva desaparecesse com o vento do entardecer que começa a tocar minha pele.
''Já sabe se é menina ou menino?''
''Ainda não, mas se você quiser saber a médica disse que já dá''
''Eu quero.'' Abro um sorriso com a resposta dele e seguro discretamente sua mão deslizando meus dedos sobre os dele sentindo meu peito se encher de alegria.
***
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Eu Gosto de Você
FanfictionDepois de uma crise de Ciúmes Veiga compensa Piquerez com muito amor e sedução.