Briga

262 18 4
                                    


Pov Piquerez

Como pode Veiga estar me questionando assim se eu só tenho olhos para ele!

''Para de confusão! Eu e ele não somos amigos!'' respondo irritado e guardo o celular sem conseguir responder as mensagens de Flaco.

''Então por que ele fica te mandando mensagens?''

Me levanto indo em direção ao corredor, mas Veiga para na minha frente me impedindo de passar. Respiro fundo estou muito irritado, além do que eu deveria.

''Sai antes que eu te dê um soco''

''Vai me bater?'' Veiga retruca indignado.

''Eu não fiz nada de errado! Ele só estava perguntando por que eu estava chorando''

''Ele não tem que te perguntar porra nenhuma! Seu homem sou eu''

Meu sangue ferve e por mais que eu esteja errado, Veiga está exagerando e eu nem sei por que ajo dessa forma, deixo um tapa em seu rosto, Veiga levanta a mão para devolver, mas desiste. Passo por ele indo em direção ao quarto bato a porta e me sento no chão indo ao choro quase que infantil. Ouço o carro de Veiga se afastando, meu corpo gela, temo para onde ele esteja indo, e se for correr para Yuri, juro que isso acaba aqui.


Pov Veiga

Como Piquerez teve coragem de me bater? Ligo o carro sem destino, deixo os vidros bem abertos, preciso de ar, enquanto meu peito queima em puro ódio. A luz do meu celular acende percebo que estou ficado atrasado para o evento de hoje a noite, respiro fundo e faço o contorno com tudo voltando para casa. A porta do nosso quarto ainda está fechada bato e chamo por Piquerez que depois de alguns minutos em silencio a abre sem me dirigir nem mesmo o olhar.

Pego minhas roupas e entro no banheiro, me arrumo sem animo nenhum, não queria precisar aparecer em publico hoje, mas eu não tenho outra escolha.

Ouço o barulho de vidro quebrando, corro apressado mesmo sem ter me acabado de arrumar, vejo Piquerez com a mão sangrando e o vidro do espelho quebrado.

Pego uma camiseta branca e enrolo em sua mão sem ao menos dizer nada, tento respeitar sua mudança de humor, mas isso está passando dos limites.

''Me desculpa, eu senti muita raiva'' digo me referindo as mensagens de Flaco.

''Deveria confiar em mim assim como eu confiei em você''

''Eu sei, me perdoa?'' Pique me olha com os olhos marejados, e seu semblante ganha uma expressão mais relaxada.

''Está bem... vamos a gente precisa chegar a tempo da premiação''

Faço que sim com a cabeça e sorrio quando ele tenta arrumar meu terno, mas faz uma careta de dor. Pego uma pomada e após lavar sua mão passo e uso uma faixa para proteger seu ferimento.

''O que eu vou dizer quando perguntarem?'' Pique me pergunta enquanto o ajudo a se vestir, ele está lindo em um terno azul e camiseta branca por baixo que mal consigo pensar em algo a não ser em beijá-lo, mas resisto, não podemos nos atrasar mais.

''Diz que você se cortou, não precisa dar detalhes''

Ele faz que sim com a cabeça.

Chegamos em carros separados para evitar falatórios, mas eu não consigo parar de olhar por ele vai, e quando Flaco se aproxima dele preciso cerrar os punhos para não cometer uma loucura. Os dois se cumprimentam e parece que ele pergunta sobre o ferimento na mão, Piquerez parece se sair bem e segue em direção ao seu lugar reservado na plateia. Entro e pouso para as fotos, tento sorrir, mas acredito que percebam minha expressão um tanto desgostoso.

Procuro por meu lugar e estou ao lado de Piquerez pra minha surpresa. A gente se controla bem e mal nos olhamos, embora eu não consiga parar de tirar meus olhos da faixa cobrindo o corte em sua mão.

Após receber a premiação me sinto apertado para ir ao banheiro, deve ser o tanto de tônica que me serviram.

Abro minha calça estou prestes a me aliviar quando ouço a porta se abrir, não me incomodo com a presença de outro homem, mas quando ele se aproxima e para ao meu lado olhando minha nudez me faz engolir em seco e perder a vontade de urinar.

''Anda apanhando do seu homem?'' A voz de Yuri soa tão irônica que me causa um arrepio de nervoso.

Fecho minha calça e me afasto, mas o sinto segurar minha mão e me puxar para perto dele, confesso que sempre tive uma queda por esse homem e depois do que rolou naquele quarto de hotel, embora eu tenha me arrependido amargamente por trair Piquerez, a atração ainda existe e eu preciso fazer um esforço sobre humano para resistir. Ele me olha nos olhos, está mais parrudo e gostoso, respiro fundo, mas fico preso no contato de seus dedos nos meus. Seu jeito dengoso é quase afrodisíaco e eu sinto vontade de jogá-lo de quatro aqui mesmo e meter nele ate passar todo esse peso que o dia de hoje me trouxe.

Recobro meus sentidos quando Yuri encosta a boca a minha o empurro para longe.

''Já disse que eu estou com Piquerez!''

Yuri sorri em uma mistura de ingenuidade e perversidade.

''Desculpa, é que toda vez que te vejo sinto vontade de repetir aquele dia.''

''Não vamos repetir. Me esquece!'' passo por ele abrindo a porta com força, ao sair tento melhorar minha expressão, mas ao me deparar com Piquerez no palco usando o terno azul meus olhos brilham e meu coração dispara. Eu o amo tanto que jamais faria algo para machucá-lo de novo. Ele desce e chamam meu nome para a próxima premiação, antes sinto vontade de ir até Piquerez e dar um beijo nele, mas me contenho. Recebo meu prêmio espero estar fazendo boas expressões para as fotos.

Voltamos para casa em carros separados quando ele entra na sala colocando uma sacola no sofá me olha indignado. ''Vamos esquecer esse dia'' propõem ele abrindo a sacola e me mostrando uma roupinha de neném do palmeiras, atras o nome do nosso filho. ''Flaco queria saber como eu estava e a gente conversou antes da premiação porque ele queria nos dar isso''

Eu Gosto de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora