Sonho Adiado

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Pov Veiga

Ouço o choro nada comportável de Mateo, quando ele está com fome é um desespero só, olho para o lado na cama Piquerez está dormindo desmaiado de tanto sono o pobre não tem tido dias nem noites fáceis, me levanto e mesmo cansado sigo em direção ao berço, pego o pequeno e mesmo colocando-o de forma confortável em meus ombros ele não para de chorar. Bato de leve em suas costas e digo que papai precisa descansar, mesmo assim ele não para de abrir o berreiro.

''Me dá ele aqui'' Ouço a voz de Piquerez invadindo a sala, entrego o menino, ele senta com ele no sofá e dá o peito e funciona como magica, Mateo por fim para de chorar.

''Eu queria poder ajudar mais'' digo sentando-me no sofá frente a ele ainda com a cara cheia de sono, os cabelos bagunçados e o rosto amassado, mesmo assim Piquerez é o homem mais lindo do mundo.

''Eu sei meu amor, encosta aqui em mim vai'' sorrio e vou para o lado dele encostando minha cabeça em seu ombro, ele encosta a cabeça em mim e por pouco não acabamos dormindo assim. Quando Mateo adormece ele o coloca de volta no berço, estou tão exausto que acabo dormindo no sofá após sentir o moreno voltar e se aninhar em mim me abraçando deliciosamente fazendo meu corpo relaxar e apagar.

Desperto com o cheiro de café, Piquerez é mesmo perfeito, já levantou, já tomou banho e pelo jeito Mateo também já.

''Vai treinar hoje?'' ele pergunta me entregando uma caneca cheia de café. Dou um selinho nele antes e preguiçosamente puxo a cadeira sentando-me.

''Preciso, estou me sentindo enferrujado.''

''É... acho que eu também'' sorrio de sua resposta, ele sorri de volta e faz meu coração ser invadido por uma alegria imensa.

Tomo uma ducha e sigo para a academia da casa, Piquerez já faz exercícios usando uma regata branca que deixa seus músculos expostos e agradáveis de se ver. Eu amo observá-lo.

Ele ergue o braço toda vez que levanta o peso, eu começo a fazer esteira, preciso estar pronto para jogar então foco nos meus passos e por alguns minutos me sinto respirando mais profundamente e incrivelmente mais leve.

Sinto as mãos de Piquerez agarrarem meu quadril desligo a máquina deixando que meu corpo se encontre com o dele que encosta sua boca em meu ouvido me deixando quente.

''Sua bundinha tá me provocando atacante'' sorrio das palavras do Uruguaio e o provoco com um movimento contra seu corpo. Seus dedos seguram mais forte meu corpo me atraindo para ele.

Faz tempo que a gente não transa, são tantas mudanças...

Viro de frente ao moreno e olhando em seus belos olhos claros sinto que o mundo agora é apenas eu e ele, junto nossos lábios e o beijo nos deixando levar pelo calor do momento a gente se acomoda ali mesmo na esteira, deixo Piquerez tomar o controle, não sei está com medo de ser passivo de novo e acabar gravido, mas isso não importa, eu gosto quando ele está dentro de mim, então agarro sua nuca após nos livrarmos da roupa de treino sussurro que me foda. Piquerez levanta minha coxa e sem me fazer esperar coloca a ponta do seu pau já melado pelo pre gozo na minha entrada forçando-a em uma tortura dolorosa, mas juntando nossos lábios em um beijo quente nem se quer foco na dor inicial e quando o tenho dentro de mim só consigo pensar em como é gostoso quando ele me acerta em cheio fazendo meu corpo tremer de tanto prazer ao ser atingido em minha próstata. Solto gemidos mais altos agarrado em sua bunda cravando minhas unhas por onde meus dedos encostam em uma forma de me aliviar de tanto tesão. Piquerez me acerta varias vezes e por algum tempo eu fico sem rumo, perdido em seus movimentos contra meu corpo até que sinto meu gozo melar seu peito e o meu também, Piquerez sorri malicioso e o sinto perdendo o controle também se desfazendo dentro de mim em uma ultima estocada profunda que me faz soltar um gemido alto que se mistura com o som que sai de sua garganta.

Relaxando a cabeça em meu peito enquanto eu deslizo meus dedos por seus cabelos, o Uruguaio ergue o rosto e abre um sorriso doce.

''Eu te amo sabia?''

Sorrio de volta. ''Sabia''

A gente fica por um tempinho deitado na esteira até que ouço Mateo chorar desesperado de novo.

'' Quem será que esse berreiro puxou?'' Piquerez me olha intrigado como se eu tivesse culpa dele ser escandaloso.

''Ele tá com fome papai, vai lá'' Piquerez revira os olhos e se levanta.

Espreguiço-me, mas aqui não é nada confortável.


Dias depois...

Leila me chama até a sua sala após o treino, fico pensando mil coisas e isso me assusta. Peço licença e entro me deparando com seu olhar doce, mas sua expressão nesse momento é de preocupação. Ela pede que eu sente, o faço puxando a cadeira, ela puxa a outra para perto de mim mantendo uma aproximação que me faz sentir mais tenso ainda.

''Você e Piquerez voltaram aos treinos e eu preciso saber como estão?''

''Estamos bem''

''Falei com a psicóloga, ela me disse que sim vocês estão bem emocionalmente e tudo está indo bem com vocês, mas o que me preocupa é por quanto tempo vão conseguir esconder essa família que construíram?''

Raspo a garganta incomodado com o rumo dessa conversa.

''Eu e Piquerez decidimos manter em segredo.''

''Certo, mas uma hora ou outra você sabe que isso pode vir à tona''

''Onde quer chegar exatamente dona Leila?''

''Você sabe que eu sempre apoiei vocês desde o início, dei todo o suporte que estava em meu alcance, mas meu conselho é tomarem todo o cuidado possível, isso não pode vir à tona.''

Sinto um frio no estomago, eu sempre pensei como seria me assumir para o mundo, embora eu já tenha resolvido isso claramente dentro de mim isso de me expor para todos é assustador.

''Meu conselho Veiga é que vocês continuem jogando e mantenham isso em segredo, por mais que apoiemos tudo, ainda estamos vivendo em dias difíceis.''

''Eu entendo Leila, tudo bem'' claro que seria maravilhoso poder assumir a família que tenho com Piquerez, mas isso pode custar muito caro.

''Pensa de um modo geral, eu digo até mesmo pelo Mateo, como vai ser crescer com toda a mídia em cima dele?''

Leila está certa.

Encontro Piquerez no carro, ele já me esperava a algum tempo, dando a partida me pergunta o que Leila queria comigo e eu nem sei por onde começar essa conversa, pois sempre imaginei Mateo entrando em meu colo no campo, ele correndo atras da bola em direção o gol com as perninhas tortas...e agora já não sei se isso será possível.

Eu Gosto de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora