Sam testemunhou a transformação dela em alguém mais distante e desinteressado. No entanto, quando a mulher loira tentou assassiná-lo, sua habilidade de manter a aparência de autocontrole desmoronou, Sonhava em acreditar que não perderia o controle e se transformaria em uma das vítimas deles, exatamente por ser um ser monstruoso. Sully entrou no galpão de forma ágil e correu para socorrer Weems, que estava estirado no chão, sangrando de uma ferida em seu estômago, provocando calafrios e um olhar faminto nos olhos de Elly. Seus olhos se desviaram para um lugar diferente, evitando confrontar o sangue e perder o controle. Dean a olhou, percebendo sua falta de confiança, com a risada falha e suas mãos que tremiam descontroladamente. Ele engoliu seco e encontrou seu olhar com medo refletido, ela estava claramente desconfortável e disfarçava bem, exceto para ele. Que conhecia bem esse tipo de sentimento.
Ao contemplar as árvores, veio-lhe à mente a sua infância, na qual enfrentava todos os dias agressões morais, físicas e até mesmo mágicas. O seu avô a submetia a testes indescritíveis, como cortar, arrancar e furar. Dizimando e infectando com maldições os seres mais detestáveis. De longe, ela pôde ouvir as batidas de Dean, que saía de lá com uma expressão de descontentamento e tédio. Ao avistar Sully, ele imediatamente fez uma expressão de desagrado. Ele não suportava a energia que pairava no ar, gerando ainda mais tensão. Dean se aproximou da mesma, notando a tristeza em seus olhos. Parecia que ela estava mergulhada em seus pensamentos, com as pupilas dilatadas e as sobrancelhas franzidas.
— Esse unicórnio falado, está me dando nos nervos. – Com um toque suave, Dean deu um tapa no braço dela, que estava cruzado, e ela sorriu levemente, assentindo que estavam na mesma situação. — Vou atrás de um fosca azul, quer ir comigo? – Com um olhar inquisitivo, ele mostrava interesse genuíno em estar presente, ao contrário de seu irmão que a repelia constantemente.
— Muitas coisas aconteceram, desde que você foi. – Dean lutava para conter as lágrimas que ameaçavam transbordar de seus olhos, mas ele se esforçava para manter uma postura firme, confiante e impenetrável. Por mais que a mensagem fosse difícil de aceitar, ela teve a capacidade de compreender e expressar sua negação com um movimento de cabeça.
Ao sair apressado com o celular em mãos, Sam demonstrava uma expressão de perplexidade, acreditando firmemente que Elly havia ido com seu irmão atrás da informação do veículo. — Temos que ir atrás do Dean. – Com uma voz mais dominante e arrastada, ele se pronunciou. Ela assentiu, engolindo sua vontade de se dirigir a ele com preocupação e aconchego.
Ao se aproximarem do local, Sam mirou sua arma na direção da garota loira, que segurava uma faca grande contra a garganta de Dean. Elly suspirou profundamente, captando o cheiro característico do sangue humano. Ao longo de todo o momento, Sully estava atônito e envergonhado, seus olhos expressavam um profundo sentimento de culpa.
— Me dá o Sully. Que lhe entrego seu irmão. – Com um olhar cheio de rancor e desprazer, ela fez a proposta ao unicórnio falante.
— O que quer com ele? – Com esforço, Sam tentou controlar seus impulsos e não agir sem motivo. Ele sabia que a vida de seu irmão estava em risco e seu coração batia com uma mistura de medo e raiva.
— Pergunte à ele. – Os olhos cobertos de lágrimas. — Ele matou a minha irmã. – Ele deu um passo em falso para trás. Sam o encarou com um olhar confuso.
— Foi um acidente…– Disse olhando para todos. — Foram as minhas primeiras depois de você, eu não queria que ela me seguisse. – A garota se aproximava devagar a cada palavra dele. Elly apenas observou seus passos, a faca que ela firmava em sua mão, com um aperto repentino de raiva. — Não vi o carro vindo.
— Então a culpa é dele? – Perguntou encarando os olhos de Sam. Elly se inclinou em posição de defesa, e Sam se preparou para o ataque.
— Não! Não! Fui eu, foi minha culpa. – Disse com o coração acelerado, ele realmente sentia medo de perder Sam, e Elly notou que ele e Sully não estavam mais em um clima tenso. Como antes.
— Sabe o quanto você me estragou? – Ela estava nervosa. Movimentava a faca em sua mão, como um aviso à ameaça. — "Audrey morreu por causa do homem invisível" Tente dizer isso à 10 psiquiatras. – Comentou rindo como uma piada mórbida. Ela tremia conforme as sua palavras. — Eu fiquei obcecada por folclore. Estudei na Romênia! E descobri que Sully era uma zanna! – Disse olhando para o homem que estava amedrontado, e entristecido.
— Mas Zanna são boas! – Disse Elly, avisando como se a garota não soubesse. A loura deu uma curta risada e se virou para outra mulher que tinha os braços cruzados embaixo do busto. Encarando fixamente para o rosto de Dean e Reese.
— Foi o que a bruxa tentou falar. – Comentou. Chamando a atenção surpresa de Sam.
— Bruxa? – Questionou.
— Ela fez um feitiço para que eu pudesse ver as aberrações. E me deu isso…– Ela ergueu a faca. Mostrando para Sam e Sully. Elly suspirou relutante e ajeitou sua posição como se tivesse tédio de toda a história triste. Reese a encarou e sorriu diabólica.
— Você me abandonou. E agora eu vou tirar algo que você ame. Talvez alguém real. – Ela se preparou na posição de execução, e direcionou a faca para Sam. Sully tentou impedi-la e o mais novo dos Winchesters mirou a arma. Quando ela deu mais um passo. Elly repensou várias vezes sobre o que poderia fazer, mas seu autocontrole foi perdido. Ao mesmo tempo que ela usou sua super velocidade e quebrou o pescoço da mulher, a matando sem nenhum esforço.
— Nãooo! – Gritou alto. Sully indo de encontro com o corpo de Reese. Assim que ele se chocou ao chão, observando tudo em câmera, Elly sentiu a mão grande e forte de Sam, a segurando, com muita força, enquanto a outra mão estava direcionada a sua pistola prateada.
— O que você fez, Elly? – Questionou bravo. Ele estava com muita raiva e cuspia sua falta de confiança no rosto dela, com aqueles olhos que estavam marcados por um sentimento profundo e conhecido. Arrependimento!
— Matei uma caça. – Deboche. Ela cruzou os braços, e se ajeitou, esperando que ele tomasse alguma atitude. Ele abaixou a arma, guardando atrás de sua blusa, enfiada nas costas. E tirou a pulseira que a mesma tinha criado, para impedir seu uso de magia. Com uma arrogância desnecessária, ele precisou agarrar seu antebraço, e fechou o acessório em seu pulso. Sully estava chorando suas lágrimas, ela não conseguia encará-lo e nem sentir nada além de um tédio insuportável. Dean havia se soltado sozinho, e encarava descrente a situação.
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𝐀 𝐥𝐨𝐨𝐩𝐡𝐨𝐥𝐞 𝐢𝐧 𝐦𝐚𝐠𝐢𝐜 - Filha Do Inferno.
Dla nastolatkówSe tem algo que os deixam em conflito, eram as brigas de morais duvidosas, como os sentimentos de irmandade que ambos se negavam a sentir. O mundo estava em total surto, os anjos em puro desespero de voltar ao lar prometido. As consequências de um f...