Audrey Garcia foi sequestrada e traficada por russos, depois de ser comprada ela foi criada por um homem amoroso e carinhoso que hoje ela chama de pai. Audrey nunca foi de se meter em problemas mesmo participando em corridas ilegais.
Damon Cannon é...
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Meu pequeno corpo frágil estava encostado na parede fria, minha cabeça estava entre minhas pernas, e meu choro silencioso, para que ninguém escutasse aquilo.
Ainda consigo sentir minhas costas arder e doer pelas chicotadas que tomei por ter desobedecido. Tenho certeza que meu rosto está inchado e roxo pelos socos que eu tomei. Tremia com medo, fome e frio.
Eu não sei o que eu fiz de errado para estar nesse lugar, por que me trouxeram para cá?
Alguém agarrou meu cabelo, levantou minha cabeça e o homem em minha frente deu o sorriso mais nojento do mundo, bile subiu pela minha garganta e eu o engoli, não posso vomitar novamente.
Sua mão áspera passou por meu rosto infantil, apertando cada parte enquanto mantinha aquele sorriso no rosto, depois ele me levantou ainda segurando meus cabelos curtos e suas mãos desceram por meu corpo até parar em minha intimidade.
Meu corpo tremeu e me mexi tentando me afastar do seu toque, ele acertou um tapa no meu rosto e mandou eu ficar quieta. Eu queria correr dali, queria fugir e nunca mais olhar para esse lugar. Na verdade, eu queria acabar com a minha vida ali, acabar com a dor que eu sinto toda vez que abro meus olhos e olho para esse lugar, com o nojo que sinto ao sentir o cheiro desse lugar.
Ele me prendeu com suas mãos e me arrastou por aquele chão sujo e fedido, ele andava como se estivesse desfilando por aquele corredor escuro, onde meninas choravam, onde meninas eram machucadas, estupradas e outras mortas, seja pelo suicídio ou pelas mãos de homens que nós não conhecemos, mas que tem o dobro do nosso tamanho e o triplo de nossas forças.
O cara alto, branco de cabelos loiros me arrastou até parar em uma porta de aço, o mesmo bateu na porta que foi aberta em seguida e outro cara saiu de lá, olhando para mim com nojo e malícia.
O que me arrastava me empurrou e encolhi meu corpo enquanto ele fechava a porta e se aproximava de mim.
O que eu fiz? Por que eu estou aqui? Por que agora eu estou nua na frente de um homem que tem a idade de ser meu pai? Por que ele está agarrando o meu corpo e colocando um de seus dedos na minha intimidade?
Ele me empurrou na cama e chupou os seus dedos rindo de mim, rindo do choro que caia de meus olhos tão azuis e inocentes. O homem arrancou suas roupas e tentei correr, eu tentei fugir daquele lugar, eu tentei tudo...
Por que esse pesadelo de novo?
Seu corpo subiu em cima de mim, o peso me sufocava, nojo, raiva. O que eu faria? Sou uma criança, uma criança que queria uma mãe ou um pai. Eu queria ter uma família, queria brincar com bonecas e ter amigas. Tinha sonhos que eu queria conquistar.
