𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒮𝑒𝓉𝑒

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Meu corpo girava e o mundo se mexia e ficava distorcido diante de meus olhos

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Meu corpo girava e o mundo se mexia e ficava distorcido diante de meus olhos. Isso me tirou outra risada e joguei minha cabeça para o alto, me arrependi pois na mesma hora vi um duende me encarando.

-Tão baixinho e feio. Mostrei a língua.

Franzi minhas sobrancelhas e olhei para a frente vendo a cidade de Londres. Mandei que meus seguranças me deixassem aqui e depois eu daria um jeito de ir para a casa. Óbvio que essa merda não deu certo e agora eles estão na entrada da estrada de terra, aguardando que eu volte.

Estava sentada em um banco de onde dava a visão da cidade, a bagunça e a movimentação das pessoas eram como se fossem formigas andando para lá e pra cá. Suspirei quando uma gota de chuva caiu em meu braço.

Lembra quando eu disse que Damon era o meu karma? Eu estava certa.

Aquele desgraçado quer me foder e acabar com minha sanidade mental, eu duvidei dele e de suas ações, achei que todas aquelas ameaças eram apenas blefes, duvidei que ele mataria por minha causa e agora a vida de um cara que queria apenas me conhecer, estava em minhas mãos.

Eu carregaria aquilo comigo até o último dia da minha vida.

Não estou feliz por ter falado para Damon ficar longe de mim, pois eu sei que, aquilo apenas entrou em seu ouvido e saiu pelo o outro. O filho da puta vai vim atrás, vai me procurar, mas eu não vou deixar com que me ache tão fácil assim.

Damon comerá em minhas mãos, farei com que ele fique como a porra de um louco.

Minhas mãos tremiam e a chuva caía mais forte em minha cabeça.

Meus olhos queimavam e olhei para cima no exato momento que um relâmpago clareou o céu.

-Ficar na chuva não vai te ajudar. A voz grave falou atrás de mim me fazendo encolher o corpo. -Vamos para a casa.

-Ainda não. Murmurei. -Ainda não...

As mãos grandes tocaram em meus ombros me apertando, um carinho de conforto e um beijo quente em minha bochecha.

-Você vai ficar doente, filha. Papai disse passando seu blazer em meus braços. -Vamos e você me conta o que aconteceu.

-Eu não fiz nada. Sussurrei em lágrimas. -Foi apenas uma mensagem e ele o matou. Meu pai ficou confuso.

-Filha...

-Mas se eu não fiz nada, por que me sinto tão culpada, pai, tão suja? Puxei o ar que queria fugir de mim. -Pai, eu não fiz nada. Puxei meus cabelos e caí do banco.

Meu corpo girava e minha visão escurecia, sentia arrepios passar por meu corpo, meu peito doía e meu coração estava tão acelerado que parecia querer sair do meu corpo.

Meu pai me chamava, mas sua voz estava tão longe e distância. Estava em desespero puro e isso era mais do que evidente na voz trêmula e medrosa.

Comecei a vomitar no chão e a tontura piorou me fazendo revirar os olhos e apertar meu peito por falta de ar, senti os braços do meu pai em meu corpo me puxando para cima, e minha cabeça ficou mole, junto com meu resto de gente quando senti tudo ficar escuro e tão silencioso.

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