𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓋𝒾𝓃𝓉𝑒 𝑒 𝒹𝑜𝒾𝓈

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Encarei a entrada da boate em que meu pai era dono

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Encarei a entrada da boate em que meu pai era dono.

Havia duas filas e ambas estavam enormes, cheias de pessoas animadas que dançavam esfregando o corpo um no outro mesmo que a música saísse para fora abafada.

Homens e mulheres e alguns jovens que eu tenho certeza que falsificaram sua identidade bebiam nas filas e fumavam enquanto conversavam e construíam algum tipo de amizade.

Tudo pelo interesse!

Observei algumas pessoas passarem direto pelas duas filas, todas com o queixo levantado mostrando suas superioridades, era uma piada aquilo para mim.

Nunca entrei dentro daquele lugar, mas já vim aqui com meu pai quando eu ainda era pequena e sempre era o mesmo aviso: "Nunca entre nesse lugar".

Eu cresci achando que era um lugar de horrores onde coisas maldosas acontecem todo tempo, mas quando conheci minha melhor amiga, ela me explicou o que era uma boate.

Me olhei uma última vez no retrovisor, respirei fundo e desci do meu carro. Um homem engravatado anos mais velho do que a mim andou em minha direção com um sorriso gentil.

-Permita-me guardar o seu carro, senhorita. Sorri para ele e entreguei minhas chaves.

-Obrigada, eu não vou demorar muito. Devolvi a gentileza, o homem levantou suas mãos fazendo um gesto para que eu pudesse andar.

Passei pelas enormes filas, algumas pessoas me olhavam com desdém e raiva, mantive minha postura, não estou aqui para me entupir de cachaça ou músicas eletrônicas péssimas e sem graça.

Estou aqui para ver meu querido papai.

O segurança que de longe parecia ser menor que eu, ergueu seu braço impedindo que eu entrasse para dentro. O encarei com as sobrancelhas levantadas e dei um sorrisinho forçado.

-Está vendo aquilo? São filas, você tem que entrar nelas. Apontou com o dedo e descaradamente eu olhei para as filas.

-Eu até poderia, mas estou com pressa, então se me fizer o favor, tire seu braço da minha frente!

-Você é surda garota? O segurança me encarou com raiva. -Vá para a fila ou você não vai entrar aqui de jeito nenhum.

-Não? Perguntei. -Eu posso entrar.

-Some da minha frente ou...

-Ou o que? O interrompi antes dele falar mais merda na minha cabeça. -Vai agarrar o meu cabelo e me arrastar daqui? Não, não vai.

-Isso não é uma má ideia, cadela!

-Olha, o barril sabe xingar!

-Sua pu...

-Feche a boca! Uma mulher loira apareceu atrás dele antes mesmo dele terminar sua ofensa idiota.

Seus olhos pretos pararam em mim, ela me analisou por alguns segundos e abriu um grande sorriso e veio em minha direção agarrando o meu corpo em um abraço... estranho.

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