Capítulo 23

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Meu corpo e minha mente estão completamente relaxados. Minhas pálpebras descansam fechadas enquanto minha respiração se estabiliza. Sinto Silas se mexer ao meu lado. Quando ele toca a ponta do nariz em meu pescoço, toda a minha pele se arrepia.

— Como você se sente? — pergunta, rouco.

— Eu me sinto ótima — respondo e me viro de frente para ele. Passo os dedos por sua barba cerrada. — Você foi maravilhoso, eu me senti muito especial.

Ele dá um sorriso e acaricia meu rosto.

— Você é especial, Júlia! — afirma, beijando-me com cuidado e apertando minha cintura. — Fique aqui, vou ligar o forno, temos que repor as energias.

— Você quer ajuda?

— Não precisa. Fique à vontade e faça o que quiser — diz.

Eu olho para mim mesma e percebo que estou completamente nua, então volto a encará-lo.

— Você pode me emprestar uma blusa sua?

Silas se inclina e dá uma mordida em minha orelha. Deixo escapar um gemido involuntário.

— Você pode ficar nua, eu não me importo.

Belisco seu braço e rio.

— Nem pensar, eu vou morrer de vergonha.

— Com esse corpo lindo? Não tem do que se envergonhar — declara, alisando a pele do meu braço. — Mas talvez seja melhor... se eu ficar olhando para você nua, o jantar não sairá nunca.

Ele se levanta e caminha até uma porta. Observo suas costas, bunda e pernas musculosas. O homem deve se exercitar muito, pois seu corpo é todo trabalhado nos músculos.

Sinto um formigamento entre as pernas e respiro fundo, com o coração acelerado. Eu acabei de ter a minha primeira vez, que, a propósito, foi espetacular, e já estou ansiosa para tê-lo novamente.

Silas retorna segurando uma blusa branca de algodão e me entrega.

— Obrigada.

Ele me olha com interesse. Seus olhos param em meus seios, e vejo o desejo expressado em seu rosto.

— Caralho! Você é tão linda! — sussurra, e eu me sinto lisonjeada.

Eu me sento e visto a blusa, antes que perca a compostura e o puxe para mim.

— Pare de falar essas coisas, ou vou acabar o atacando — confesso, já sentindo o cheiro maravilhoso da sua blusa.

Eu me levanto e fico de frente para Silas, que me fita com olhar carregado.

— Eu não vou reclamar se você me atacar — atesta, alisando o meu rosto. — Já que se levantou, venha comigo — ele sorri. — Prometo que, depois do jantar, mostrarei o apartamento a você.

Silas veste uma cueca e uma camiseta preta, então pega minha mão. Eu olho para o lado e vejo um abajur jogado no chão e uma lâmpada quebrada, além de seu sapato virado de ponta-cabeça.

— Agora eu descobri a origem do barulho de vidro se quebrando — comento.

Ele olha para a mesma direção e ri.

— Culpa sua. Você me deixou tão alucinado que eu até quebrei meu abajur — diz em tom divertido.

Eu peço para ir ao banheiro. Silas me mostra onde fica e diz que vai para a cozinha, para eu encontrá-lo lá.

Uso o seu banheiro, que, assim como o pouco que vi do seu apartamento, é organizado e limpo. Silas pode até ter uma colaboradora, mas com certeza é muito cuidadoso.

Delegado SilasOnde histórias criam vida. Descubra agora