O de cabelos pretos caminhava por volta do seu escritório, com as mãos escorregando no seu rosto enquanto limpava o suor de arrependimento.
Wriothesley acabara de terminar com a sua primeira e única namorada (agora ex), [Nome].
Os dois haviam discutido por um motivo bobo, na cabeça do homem.
Ele tinha tido um surto de ciúmes enorme, pois se sentia inseguro em relação a um colega de trabalho de [Nome].
A garota repreendeu o moreno, e o mesmo acabou surtando e terminou o relacionamento.
Agora, enquanto pensava nas suas terríveis ações, tentava equilibrar o seu orgulho e o seu amor, para tentar fazer um pedido de desculpas.
O homem sentou na cadeira que estava na frente dele, e inclinou a cabeça para trás. Estava perdido intensamente nos seus pensamentos quando ouviu sons vindos de fora da porta.
Curioso, fixou a mente no barulho ouvido e percebeu que eram risadas tristes. Foi então espreitar para fora da enorme porta de metal.
[Nome] e o colega de trabalho, eram eles que estavam perturbando o processo de deixar o orgulho de lado de Wriothesley.
Vendo o tanto de alegria que estava involvida na conversa, o garoto, cego pelo amor (ou por ciúmes), foi até os dois.
Quando ele chega, ambos o encaram e param de falar, deixando um silêncio constrangedor para os três.
[Nome] estava com os seus olhos delicados inundados com lágrimas, e claramente o outro homem tentava animar a garota, o que estava resultando até Wriothesley chegar.
- A gente pode conversar?
Foram as únicas palavras que saíram da boca do homem com belos olhos azuis. Ele olha diretamente para [Nome] enquanto faz a pergunta.
[Nome] pensa um pouco, apreensiva. O amigo da garota pergunta se ela fica bem sozinha, o que a mesma responde que sim e aceita conversar.
Depois que o outro homem saiu, Wriothesley cria coragem para começar uma conversa.
- Porque é que ele falou assim com você?
- Assim como? - [Nome] pergunta.
- Como se eu fosse algo perigoso para você, algo que você não pode ficar sozinha com.
- Às vezes você me passa essa exata sensação, sabe? - [Nome] suspira.
O moreno congela com a simples frase que saiu da boca da bela moça. A decisão dele tinha causado um efeito negativo em [Nome], e isso era visível.
A mesma estava com uma aparência cansada, olhos inchados, nariz vermelho de chorar e a voz falha.
Mas o que ele mais temia aconteceu sem ele nem perceber, ela já não se sentia segura perto dele. Ele era algo perigoso para ela, alguém que ela precisa de ser protegida por outros.
- Não diz isso, por favor...
Agora eram os olhos do moreno que se tornaram avermelhados, pedindo para a garota não o machucar daquele jeito.
- Pode dizer o que você quer conversar sobre? Apesar de eu já ter uma ideia. - a mulher diz com uma voz firme.
Ele tinha uma chance, uma chance de dizer tudo o que vinha na cabeça do mesmo. E isso era algo que ele não ia conseguia resumir.
- Desculpa. Eu peço todas as desculpas que existem no mundo. Pode xingar, insultar e chamar de tudo o quanto é nome á minha pessoa. Mas por favor, me perdoa. Eu realmente amo você.
- Eu quero amar você. - [Nome] diz.
Um nó na garganta se forma no garoto, ela quer, não ama ainda.
Mas por agora, o perdão da mulher era tudo o que ele mais desejava no universo.
- E eu vou perdoar você. - a garota sorri muito levemente (muito levemente mesmo).
Ele a abraça. A única reação que o homem conseguia ter naquele momento era abraçar a sua amada como se ela não fosse existir amanhã.
Não perguntou se estavam juntos, isso não interessava no momento. Ele tinha tudo o que precisava, você e o seu perdão.
Durante o abraço, os dois se enrolaram no casaco do garoto, ficando bem juntinhos. Com isso, [Nome] quebra o silêncio:
- E no final, a gente acaba sempre em um abraço com o seu casaco aquecendo.
O moreno sorri. Não era mentira, eles sempre terminavam brigas assim. Era bom eles terminarem algo maior da mesma forma, juntos e apaixonados.
Bem, nesse momento, eles não estavam juntos, mas com toda a certeza apaixonados.
Mas o casaco vai fazer a magia de aquecer e derreter o resto do gelo que ficou em ambos os corações.
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tava na vibe
