Eu trabalho como guia turística em Inazuma e este mês eu tinha o meu maior trabalho de sempre.
A minha agência ia receber um grupo de visitantes vindos de Liyue e nele vinha a mulher mais rica da região, Ningguang.
Além de rica, ela é importantíssima em Liyue e é uma ótima forma de Inazuma fazer negócios.
A minha agência me disse que fui escolhida para os guiar pela própria Ningguang.
Como trabalho lá à pouco tempo eles não me queriam deixar fazer algo tão importante, mas a mulher insistiu que fosse eu.
Hoje era o primeiro dia da visita e eu esperava pela Ningguang e os seus guardas, perto da praia.
Logo avisto a mulher ao longe, mas ela está...sozinha?
- Bom dia senhora Ningguang. - a cumprimento com uma vénia, como era ensinada a fazer.
- Não é preciso tanta educação! Me chama só pelo nome. - ela diz sorrindo.
- Não vem mais ninguém? - estranhando ela estar sozinha.
- Eu pedi para eles não virem hoje, para poder falar com vc! - ela fala se aproximando de mim.
- Certo...Ok então, me segue. - digo a ela
Levo a mesma até à estátua da Shogun, para lhe mostrar "a beleza da arquitetura" segundo o meu chefe.
- Pronto, aqui é a nossa arconte. - digo apontando para a grande estátua.
- Ainda bem que ainda não inventaram de fazer uma destas para o nosso arconte. - ela dá uma risada.
- É...não consigo pensar em um sítio lá em Liyue que não ocupasse o espaço das pessoas. - comento.
- S/n vc já foi a Liyue? - ela pergunta quase que emocionada.
- Vivi lá até aos meus 5 anos. - explico para ela.
Os olhos da Ningguang até brilharam, porque ela ficou impressionada.
- Então vc já respirou o ar do Liyue? Somos praticamente almas gémeas! - ela junta as mãos com uma cara sonhadora.
- Quê? - pergunto confusa
- Nada, nada, me conta mais sobre a Shogun! - ela tenta me distrair.
- Quando eu me lembro da última aparição dela, ela estava com a irmã. Era uma mulher linda. - digo com certa admiração.
- Ela tem cara de quem gosta de mulher. - Ningguang diz super descontraída
- Com todo o respeito não diga isso em voz alta. - peço quase implorando.
- Oh porquê? - ela pergunta
- Primeiro, não é coisa que se opine, especialmente sobre uma arconte. Segundo, algumas pessoas aqui só apoiam o "romance tradicional". - explico para ela.
- Podem te fazer mal, por favor não se coloque em perigo. - digo com um tom de preocupação.
- Vc usa uma linguagem tão certinha, parece um anjo. - ela aperta as minhas bochechas.
Eu suspiro.
- Vc percebeu o que eu disse?
- Tudo bem, S/n. Mas acho que deviam dar uma lição nessas pessoas. - ela encolhe os ombros.
- Milita mais tarde, vou te levar para comer. - continuo andando em direção à feirinha de comida.
- Um encontro? - ela pergunta.
- Uma visita turística. - respondo.
Ela só me ignora e vem andando atrás de mim.
As pessoas encaravam ela pelo estilo chique das roupas que vestia, que era diferente dos trajes de Inazuma.