-- Lumila? Lumila? Lumila? -- A garota chamava freneticamente, fazendo a garota abrir os olhos no instante seguinte preocupada. -- Bom dia! -- Ela saudou, mostrando os dentes brancos de leite conforme sorria.
-- Hey, está tudo bem? -- Ludmilla perguntou se sentando às pressas.
-- Sim. A titia foi complar algumas coisas pa mim e me deixou um pouquinho com a Nete, mas eu fugi. -- Disse baixinho, fazendo Ludmilla sorrir.
-- Ah sim? E por quê? -- Ludmilla indagou curiosamente.
-- Uh, ela disse pala eu ficar no sofá enquanto ela pepalava nosso café, polisso eu vim te acordar. Vamos comer?
-- Ainda não deve estar pronto, mas sim. -- Ludmilla disse, se espreguiçando antes de se levantar. -- Obrigada por me acordar, eu não gosto de dormir até tarde. -- Disse, indo para o banheiro escovar seus dentes, vendo a pequena lhe acompanhar e assistir tudo curiosamente.
-- A tia disse que você cuida dela. -- Judie disse aleatoriamente. -- É verdade?
-- Bem, ela também cuida de mim. -- Ludmilla respondeu, enxaguando a boca após escovar os dentes. Ela enxugou o rosto e as mãos, vendo Judie sorrir.
-- De mim também. -- Judie exclamou animada, parando ao lado de Ludmilla e estendendo a mão para ela. Ludmilla sorriu surpresa pelo gesto, porém segurou a pequena mão para seguirem corredor a fora. -- Ela te dá semão também? Ela biga comigo quando eu uso pepeta.
-- Bem, ela não me dá sermão. -- Ludmilla disse, sentindo a temperatura da casa levemente mais fria do que em seu quarto. A conversa foi interrompida pela porta, que se abriu quando Brunna entrou no ambiente.
-- Hey, acordou cedo. -- Brunna disse ao ver Ludmilla ali. Ela fechou a porta, migrou para o outro cômodo para deixar as coisas na cozinha antes de caminhar até sua namorada e dar um rápido selinho nela. -- Bom dia, amor! -- Disse em um sussurro. -- Ludmilla, não fique descalço nesse chão frio, faz mal. -- Disse ao reparar nos pés brancos expostos e diretamente em contato com o solo. A risadinha fina de Judie chamou a atenção.
-- Ela dá sim, viu? -- A garota disse à Ludmilla, que bufou antes de rir.
-- Talvez alguns. -- Ela disse rindo, fazendo Brunna franzir o cenho.
-- Do que riem? -- A garota indagou confusa.
-- Nada. -- Ludmilla e Judie disseram juntas, fazendo Brunna franzir os olhos.
-- Saio por dez minutos e já fazem seus próprios segredos? -- Ela indagou, sentindo Ludmilla enlaçar um braço em sua cintura apenas para lhe dar um beijo no rosto.
-- O que posso fazer se sou mais legal do que você? -- Ela brincou, porém seu sorriso morreu ao se distrair com o toque do telefone de Brunna, algo que fez a morena caminhar até o local.
-- Alô? -- Brunna atendeu após alguns segundos. -- Loja de calçado? -- Indagou confusa. -- Oh, sim, ela está. Só um momento. -- Disse animada. -- É para você. -- Sussurrou para Ludmilla.
A menor correu para o sofá e abrigou Judie em seu colo, esperando Ludmilla terminar de conversar por telefone. Ela havia pedido à Ludmilla para passar seu número como contato e mal podia crer que em menos de vinte e quatro horas já haviam telefonado.
-- E então? -- Brunna indagou assim que a ligação foi encerrada.
-- Semana que vem tenho uma entrevista. -- Ludmilla disse animada.
-- Jura? -- Brunna indagou, vendo Ludmilla assentir freneticamente antes de correr para o sofá e abraçá-la, automaticamente abraçando Judie por estar em seu colo. -- Isso é maravilhoso, amor. Parabéns!
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presa por acaso
Fiksi PenggemarO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Brrunna Gonçalves não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar...