4/4
---------------------------------Brunna havia procurado Ludmilla por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Ludmilla.
A maior estava entretida com alguns novo livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.
-- Toc Toc? -- Ela disse e Ludmilla ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. -- Podemos conversar?
-- Claro. -- Ludmilla disse sorrindo de canto e Brunna se sentou em sua cama.
-- Por que se senta no chão? -- Brunna perguntou.
-- Não gosto de usar sua cama sem permissão.
-- Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. -- Brunna falou e Lauren assentiu.
-- Obrigada. -- Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Ludmilla permanecera no chão.
-- Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Maggie disse. -- Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Ludmilla estacou no lugar.
-- Não precisamos. -- Ludmilla disse e Brunna assentiu.
-- Sim, eu sei, mas eu quero. -- Ela falou e Ludmilla abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.
-- Pois bem, diga. -- Ludmilla disse e Brunna fez uma careta.
-- Isso está estranho. -- Brunna falou e Ludmilla ergueu seu rosto, fitando-a.
-- Demorou para perceber. -- Ludmilla disse e logo umedeceu os lábios. -- Eu disse que era melhor mantermos a distância e...
-- O quê? -- Brunna perguntou e logo riu. -- Não. Não me refiro a nós. -- Falou, se sentando no chão ao lado de Ludmilla.
-- E então? -- A maior indagou.
-- Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. -- Ela falou, retirando os livros do colo de Ludmilla para então se sentar sobre ele. -- Gosto de ficar pertinho assim. -- Falou com doçura e Ludmilla sorriu timidamente.
-- Gosta? -- Questionou e Brunna assentiu.
-- Gosto muito. -- Confessou e Ludmilla sentiu suas mãos começarem a suar. -- Ludmilla, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... -- Se corrigiu. -- Que eu estou...
-- Maggie ficou lá fora sozinha? -- A maior indagou e Brunna ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.
-- Eu estou apaixonada por você. -- Brunna disse, não dando espaço para Ludmilla mudar de assunto. -- Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. -- Ludmilla se remexeu inquieta embaixo dela.
-- Você não deveria, Bru. -- A voz de Ludmilla não passou de um sussurro e Brunna comprimiu os lábios, assentindo.
-- É... Eu não deveria, eu sei. -- Falou. -- Mas me apaixonei. O que posso fazer?
-- Tentar se afastar de mim. -- Ludmilla disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.
-- Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. -- Brunna disse veemente ao separar-se do beijo casto. -- Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.
-- Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? -- Ludmilla indagou e Brunna riu graciosamente, assentindo.
-- Sim, mesmo gostando de conversar com ela. -- Brunna disse e Ludmilla a fitou.
-- Não precisava ter me dito isso. -- Ludmilla falou e Brunna sorriu.
-- Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. -- Brunna confessou e Ludmilla franziu os olhos.
-- Duvido.
-- Não duvide de mim. -- Brunna falou. -- E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. -- O coração da maior bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Brunna dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. -- Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.
-- Jura que falou para ela de mim? -- Ludmilla perguntou e Brunna assentiu.
-- Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? -- Brunna perguntou brincando e Ludmilla riu, negando.
-- Não deveria ter ciúmes de ninguém, Bru. -- Ludmilla falou, abraçando o corpo em cima de si. -- Não tenho olhos para mais ninguém. -- A menor mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Ludmilla entre os seus.
As mãos de Ludmilla puxaram Brunna mais para seu corpo enquanto a língua da menor pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Brunna quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.
-- Como me excita tão rápido, hein? -- Ludmilla perguntou e Brunna sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.
-- Faz carinho em mim, faz? -- Brunna sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Ludmilla, guiando-a para o meio de suas pernas.
-- Alguém pode passar, Brunna. -- Ludmilla disse e Brunna arrastou os dentes no pescoço de Ludmilla mansamente.
-- Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... -- Sussurrou. -- Me excita em tantos graus.
Ludmilla estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a menor? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.
-- Eu vigio. -- Brunna falou, pegando novamente uma das mãos de Ludmilla e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. -- Faz carinho, Lu? -- Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Ludmilla começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.
-- Tão molhada já... -- Ludmilla falou e Brunna fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Ludmilla en sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Ludmilla com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.
-- Aposto que está tão molhada quanto eu. -- Brunna murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Ludmilla desligarem para seu interior. -- Oh... Sim!
-- Não me canso de ouvir os seus gemidos, Brunna... -- Ludmilla murmurou e a menor não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Ludmilla.
-- Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... -- Brunna murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.
-- E eu queria poder namorar com você. -- Ludmilla falou, fazendo Brunna a fitar boquiabierta. -- Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.
-- Ludmilla... -- Brunna diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. -- Vigia para mim... Acho que vou... gozar. -- Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Ludmilla.
A maior olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Ludmilla sentiu o interior de Brunna apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir.
A menor sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Ludmilla para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Ludmilla e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.
-- Eu gostaria de namorar você. -- Brunna murmurou e Ludmilla retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça, abraçando o corpo menor.
-- Eu sei. Eu também. -- Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.
VOCÊ ESTÁ LENDO
presa por acaso
Fiksi PenggemarO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Brrunna Gonçalves não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar...