•27•

1.2K 87 7
                                    

4/4
---------------------------------

Brunna  havia procurado Ludmilla  por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Ludmilla.

A maior estava entretida com alguns novo livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.

-- Toc Toc? -- Ela disse e Ludmilla ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. -- Podemos conversar?

-- Claro. -- Ludmilla disse sorrindo de canto e Brunna se sentou em sua cama.

-- Por que se senta no chão? -- Brunna perguntou.

-- Não gosto de usar sua cama sem permissão.

-- Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. -- Brunna falou e Lauren assentiu.

-- Obrigada. -- Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Ludmilla permanecera no chão.

-- Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Maggie disse. -- Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Ludmilla estacou no lugar.

-- Não precisamos. -- Ludmilla  disse e Brunna assentiu.

-- Sim, eu sei, mas eu quero. -- Ela falou e Ludmilla abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.

-- Pois bem, diga. -- Ludmilla disse e Brunna fez uma careta.

-- Isso está estranho. -- Brunna falou e Ludmilla ergueu seu rosto, fitando-a.

-- Demorou para perceber. -- Ludmilla disse e logo umedeceu os lábios. -- Eu disse que era melhor mantermos a distância e...

-- O quê? -- Brunna perguntou e logo riu. -- Não. Não me refiro a nós. -- Falou, se sentando no chão ao lado de Ludmilla.

-- E então? -- A maior indagou.

-- Me refiro à forma como estamos  parecendo duas desconhecidas conversando. -- Ela falou, retirando os livros do colo de Ludmilla para então se sentar sobre ele. -- Gosto de ficar pertinho assim. -- Falou com doçura e Ludmilla sorriu timidamente.

-- Gosta? -- Questionou e Brunna assentiu.

-- Gosto muito. -- Confessou e Ludmilla sentiu suas mãos começarem a suar. -- Ludmilla, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... -- Se corrigiu. -- Que eu estou...

-- Maggie ficou lá fora sozinha? -- A maior indagou e Brunna ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.

-- Eu estou apaixonada por você. -- Brunna disse, não dando espaço para Ludmilla mudar de assunto. -- Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. -- Ludmilla se remexeu inquieta embaixo dela.

-- Você não deveria, Bru. -- A voz de Ludmilla não passou de um sussurro e Brunna comprimiu os lábios, assentindo.

-- É... Eu não deveria, eu sei. -- Falou. -- Mas me apaixonei. O que posso fazer?

-- Tentar se afastar de mim. -- Ludmilla  disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.

-- Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. -- Brunna disse veemente ao separar-se do beijo casto. -- Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.

-- Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? -- Ludmilla indagou e Brunna riu graciosamente, assentindo.

-- Sim, mesmo gostando de conversar com ela. -- Brunna disse e Ludmilla a fitou.

-- Não precisava ter me dito isso. -- Ludmilla falou e Brunna  sorriu.

-- Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. -- Brunna  confessou e Ludmilla  franziu os olhos.

-- Duvido.

-- Não duvide de mim. -- Brunna falou. -- E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. -- O coração da maior bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Brunna dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. -- Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.

-- Jura que falou para ela de mim? -- Ludmilla  perguntou e Brunna assentiu.

-- Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? -- Brunna perguntou brincando e Ludmilla riu, negando.

-- Não deveria ter ciúmes de ninguém, Bru. -- Ludmilla falou, abraçando o corpo em cima de si. -- Não tenho olhos para mais ninguém. -- A menor mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Ludmilla entre os seus.

As mãos de Ludmilla  puxaram Brunna  mais para seu corpo enquanto a língua da menor pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Brunna quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.

-- Como me excita tão rápido, hein? -- Ludmilla  perguntou e Brunna sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.

-- Faz carinho em mim, faz? -- Brunna  sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Ludmilla, guiando-a para o meio de suas pernas.

-- Alguém pode passar, Brunna. -- Ludmilla  disse e Brunna  arrastou os dentes no pescoço de Ludmilla  mansamente.

-- Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... -- Sussurrou. -- Me excita em tantos graus.

Ludmilla  estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a menor? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.

-- Eu vigio. -- Brunna falou, pegando novamente uma das mãos de Ludmilla  e a  guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. -- Faz carinho, Lu? -- Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Ludmilla começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.

-- Tão molhada já... -- Ludmilla  falou e Brunna  fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Ludmilla  en sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Ludmilla  com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.

-- Aposto que está tão molhada quanto eu. -- Brunna  murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Ludmilla  desligarem para seu interior. -- Oh... Sim!

-- Não me canso de ouvir os seus gemidos, Brunna... -- Ludmilla  murmurou e a menor não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Ludmilla.

-- Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... -- Brunna  murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.

-- E eu queria poder namorar com você. -- Ludmilla  falou, fazendo Brunna  a fitar boquiabierta. -- Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.

-- Ludmilla... -- Brunna diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. -- Vigia para mim... Acho que vou... gozar. -- Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Ludmilla.

A maior olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Ludmilla  sentiu o interior de Brunna  apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris,  incentivando o orgasmo a vir.

A menor sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Ludmilla  para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Ludmilla  e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.

-- Eu gostaria de namorar você. -- Brunna  murmurou e Ludmilla  retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça,  abraçando o corpo menor.

-- Eu sei. Eu também. -- Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.

presa por acaso Onde histórias criam vida. Descubra agora