16- Pacto

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- Então você passou a vida toda em um orfanato? - Perguntou Harry.

- É, foi sim. Aos dezoito eu era obrigado a sair e bem, acabei encontrando meu pai na hora certa.

- Como foi isso? - Foi a vez de Natasha perguntar.

- Um jornal dobrado, com o título bem grande, falando que Sirius Black era inocente. A notícia de que o "notório assassino Sirius Black" era inocente me chamou atenção. Aí quando desdobrei o jornal e vi a foto, soube que era o meu pai. Eu cresci achando que ele também havia morrido e aí eu descubro que meu pai está vivo!

- Deve ter sido ruim crescer achando que  seus pais estão mortos. - Disse Harry.

Imediatamente Natasha começou a gargalhar. Sirius riu junto dela e Remus se segurava para não os acompanhar. Harry não entendia as risadas, Pansy e Draco riam baixo e Nott olhava chocado para Natasha.

- O que foi?

- Acho que você se esqueceu, Harry, que você também cresceu achando que seus pais estavam mortos. - Wezen falou.

- Que o Jay me perdoe, mas esse menino herdou toda a lerdeza do pai dele! Ah como isso foi bom! - Sirius limpou a lágrima no canto de seus olhos e então Natasha caiu, de tanto rir. - E a Naty a falta de equilíbrio dele!

A ruiva ficou no chão, dando risada e demorou a parar. Draco foi até ela, a ajudando a se levantar.

- Obrigada Dray - Draco sorriu. - Ah não, não me dê um sorriso se não eu vou cair de novo.

- Eu entendi direito? A Naty tá dizendo ao Dray que o sorriso dele deixa ela fraca? - Pansy ironizou.

- Sim, eu tô dizendo isso. Olhe só, eu acho que passou da hora de deixar de ser uma idiota imatura e assumir que eu sinto falta da minha amizade com o globo de luz aqui. Depois que a Dafne se foi eu pensei que eu não gostaria de morrer sem voltar a ser amiga do idiota mais bonito que já vi. Então... - ela se ajoelhou, pegando a mão de Draco, fazendo Nott rir e Pansy entender que de fato as coisas voltariam a ser como antes - lindíssimo Draco Lucius Malfoy, me daria a honra de ser sua melhor amiga de novo? Prometo que esqueci de tudo que foi dito na briga, assim como você parece ter esquecido.

- É claro que aceito!

Draco a levantou e a abraçou, enquanto Pansy comemorava que o rei e a rainha eram amigos outra vez. Porém ao achegar seu rosto no pescoço de Natasha, Draco repetiu outra vez, o que disse no departamento de mistérios:

- Eu te amo.

Beijando o pescoço dela.

- Eu também te amo, seu chato.

- Boba!

Os dois riram e se separaram do abraço. Draco a puxou para perto dele, a fazendo se sentar na mesma espreguiçadeira que ele. Ambos acharam que o "eu te amo" do outro, era no sentido de amizade, e ninguém falou nada sobre o que sentiam. No entanto, o que eles eram antes da briga, voltou.

Então o aniversário de Draco chegou. Logo pela manhã, enquanto ele ainda dormia, Natasha buscou o bolo que pediu Monstro para fazer e foi ao quarto do amigo. Colocou o bolo na mesa de cabeceira e se jogou por cima de Draco.

- Bom dia meu bombom! Feliz aniversário meu amor!

- Mais cinco minutos... - Falou sem nem saber quem estava ali ainda.

- Oww. Tá, te deixo dormir um pouco mais e volto aqui depois.

Só aí Draco se ligou, segurando a ruiva pela cintura.

- Nem pense em sair dessa cama! Hoje você vai fazer o que eu pedir. É meu aniversário.

- Tudo bem, senhor Malfoy. Vou ficar aqui e... feliz aniversário lindo! Sabe, você fica tão lindo com o rosto meio amassado e vermelhinho! Dá até vontade de me apaixonar por você.

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