3- Liberdade

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Já haviam três dias que estavam de volta a Hogwarts, quando Draco começou a escrever. Queria que Sirius passasse aquele Natal livre e inocentado, já que ele não tinha certeza se conseguiria salvar a vida de seu primo. Ele também escreveu uma carta anônima a Dumbledore, além da que escreveu ao ministério, entregando o paradeiro de Rabicho. Quando Dumbledore recebeu a sua, leu aquilo com curiosidade.

Prezado professor Alvo Dumbledore,

Por meio dessa carta venho lhe informar coisas cruciais para que tudo ocorra da melhor forma possível. Sei exatamente onde Peter Pettigrew está escondido. Mandei uma carta também ao ministro e a aurores, dizendo que deveria ser sigilo dos outros membros do ministério e que precisariam ir prontos para uma possível luta. Agora aviso ao senhor.

Deixei o endereço e as cordenadas logo abaixo da página. Vá preparado, Voldemort deve estar por perto. Assim que capturado e entregue ao ministério, leve Sirius para o julgamento. O liberte!

A carta anônima chegou às mãos de Dumbledore no mesmo dia. Ele se perguntou quem poderia ter informações tão cruciais assim. Havia algum comensal arrependido? Seria possível recuperar o irrecuperável? Ele se perguntou isso algumas vezes, antes de reunir membros da Ordem da Fênix com ele.

Enquanto Dumbledore tentava resgatar a liberdade de Sirius, Draco observava de longe, o quanto Natasha ficava linda em seu uniforme verde e prata. Ela estava junto de Dafne e Pansy naquele momento, quando viu Harry vindo em sua direção, o parando e lhe dando um abraço.

- Hazz, essas são minhas melhores amigas. Pansy, nossa princesa e Dafne, o anjo.

- Oi! Nossa, os olhos de vocês dois... como nunca percebi? - Dafne falou, estendendo a mão a Harry.

- É a única característica que temos em comum. Os olhos de nossa mãe. - Harry disse.

- Sinto muito por seus pais.

- Obrigada, Dafne.

Pansy apenas olhava para Harry. Ela não gostava nem um pouco do rapaz e não disfarçou um segundo sequer. Porém Dafne era a mais solicita e gentil do extinto grupo. Sempre sendo a mais bondosa com todos e tentando intervir quando seus amigos eram brutos com alguém.

Mas estava tudo bem para Harry, alguns amigos de sua irmã não gostarem dele, afinal de contas, ela e Hermione se odiavam. Mal se olhavam, não falavam nada uma com a outra, a menos que fosse uma briga. Era complicado, já que ele queria que elas se dessem bem, mas tinha de aceitar isso.

Harry se despediu da irmã, ganhando um beijo dela e seguiu seu caminho. Natasha continuou ali, com suas amigas, falando sobre o que podiam falar. De longe, Natasha viu Draco. Ele estava com um caderno de anotações, olhando concentrado para o que escrevia. Mechas de seu cabelo claro como neve, caiam sobre seu rosto. O maxilar estava marcado, duro e firme e ele mordia vez ou outra os lábios. Natasha não se conteve e suspirou.

- Ele é... um fodido de bonito! É claro que Hogwarts inteira iria o desejar. Ele é lindo, popular, jogador de quadribol...

- Ainda acho que deveria dar uma chance a ele e voltar essa amizade. - Pansy disse.

- Uma chance? O Draco quer voltar a falar com ela? Merlim! Natasha, por que então tá parada aí? Deixa de ser orgulhosa, vai lá e se senta ao lado dele, diga um oi e pergunte como foram as férias!

- Não Dafne.

- Argh! Naty, você o ama e está sofrendo. Só por causa de orgulho e ego, vai correr o risco de perder o amor da sua vida?

- Sim! E eu quero! E quero que ele não seja o amor da minha vida, para que eu não sofra tanto! Eu sou tão jovem ainda pra amar tão intensamente... Meu padrinho disse que nisso eu sou idêntica ao meu pai. James Potter...

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