11 - Want to ride on him in Halloween. (pt. 2)

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𝗥𝘂𝗲 𝗕𝗹𝗮𝗸𝗲;

[...]

Eu sinto minha cabeça começar a rodar e minhas pernas fraquejarem.

—O... O quê?!— Exclamo, perplexa.

Meu corpo cambaleia para trás, até eu me sentar no capô da Ferrari de Aaron.

—Você está pálida. Está se sentindo bem?— O grisalho pergunta.

—Eu acabei de receber a notícia que você matou o Nicolas. Então, sim, estou me sentindo ótima!— Minha voz carrega ironia.

—Shh! Fale baixo, porra!— Ele põe o dedo indicador em meus lábios e eu recuo.— E outra, eu não matei ninguém. Quem pegou a faca de minhas mãos e enfiou na própria garganta foi ele.

—Como você consegue fazer piada em uma hora dessas?!

—Não é piada. Ele realmente se matou.— Dá de ombros e eu o encaro.

—Aaron...— Abro e fecho minha boca várias vezes, mas as palavras parecem não sair.

Esfrego meu rosto em minhas mãos e respiro fundo, tentando ao máximo não surtar. O que dizer quando você recebe a notícia de que o cara à sua frente acabou de matar uma pessoa?!

—Ei, respire. Eu sei que você não estava esperando por isso, mas precisa se acalmar.— Ele segura meus pulsos, retirando-os de meu rosto em um movimento delicado e cuidadoso.

—Por que você fez isso?— Indago, com a voz trêmula.

—Está mesmo me perguntando isso?— Ele solta uma leve risada e eu lanço-o um olhar sério.— Ok, desculpe.— Pigarreia.— Bom, aquele cretino infernizava a todos que não gostava, acredite em mim, eu observei. Mas o principal motivo foi por tentar nos matar. Ou melhor, matar você. Enfim, de qualquer forma, Nicolas não sofreria nenhuma consequência pelo que fez e continuaria machucando não só a nós, mas também aos outros.

Aaron não está totalmente errado, já que Nicolas possuía uma grande quantidade de inimigos tanto dentro da escola, quanto fora dela. E sendo sincera, eu não estou tão comovida com a sua morte.

—Olha, obrigada, eu acho. Mas você não precisava fazer com que ele se matasse, Kai.

—Porra...— Ele joga a cabeça para trás.— Me chama assim de novo.

—Presta atenção, cacete! A gente está falando sobre um assunto sério.

—Você xingando... Ah!— Joga a cabeça para trás novamente.

Massageio minha têmpora e dou uma punhada em seu braço.

—Desse jeito você me mata de tesão.

—Aaron!— Repreendo-o, sentindo a minha paciência se esvair.

—Desculpa.— O grisalho baixa a cabeça, tentando esconder o sorriso ladino estampado em seu rosto.

—De todo jeito, o que você fez não importa mais agora. O que nós vamos fazer se a polícia descobrir?

—Sei lá.— Ele responde e eu sinto a minha pressão cair.

Como assim "Sei lá"?!

—Ai, meu Deus!— Levo a mão até meu peito e fecho meus olhos.

—Ei, é brincadeira!— Aaron põe as mãos em minha cintura e me ergue para si.

Eu preciso de álcool ou qualquer coisa que me deixe fora da realidade agora.

𝐄𝐒𝐂𝐀𝐏𝐈𝐒𝐌Onde histórias criam vida. Descubra agora