Capitulo 36

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- eu quero vê-lo — sussurrei desesperado no corredor do hospital —

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- eu quero vê-lo — sussurrei desesperado no corredor do hospital —

Acabei de chegar no hospital após descobrir pelos meninos que meu irmão finalmente foi salvo das mãos daqueles monstros...

Fiquei aliviado que conseguiu pega-los e sei que Poliana irá fazer o que tem que ser feito, ela fará eles pagarem por tudo que nos fizeram...

Eu sei disso!

Os meninos não disseram muito sobre o que aconteceu, não tive muitas informações sobre meu irmão..

Mas o que me deixa angustiado e com uma dor imensa no coração é em imaginar que talvez ele possa ter passado por tudo que passei..

sempre tentei protegê-lo de todos, e falhei miseravelmente, eu não consegui o proteger de tudo, como podemos ter sangue daqueles dois monstros?

Segundo a Poliana os enfermeiros levaram o meu irmão para a emergência para fazer alguns exames e verificar se tinha algum resquício de ferimento..

- ele vai ficar bem, meu amor — ela sussurra me abraçando carinhosamente —

- eu falhei com meu irmão — sinto a culpa corroer por dentro e um soluço escapa dos meus lábios —

- não, querido, você foi um irmão em forma de anjo da guarda na vida do seu irmão, sempre o protegeu de todos — ela sussurra acariciando meus cabelos — nem sempre conseguirá protegê-lo do mundo..

Ela afaga meus cabelos e em seus braços sinto a segurança de que se caso eu desmoronar ela estará lá para me segurar e reerguer..

Poliana se tornou a nossa âncora, em meio a tanta escuridão, ela foi a luz que brilhou no fim do túnel e iremos fazer o impossível para nunca perder essa luz...

- doutor como o meu namorado está? — Ouço Poliana questionar preocupada ao ver o médico se aproximar —

- meu irmão está bem? Posso vê-lo? — pergunto aflito —

- boa tarde! O paciente teve alguns ferimentos leve, fiz vários exames e fisicamente está tudo bem, em alguns dos exames foi detectado abuso sexual, ele está muito abalado emocionalmente e aconselho com urgência um psicólogo e um terapeuta especializado nessa área para ajudá-lo — o médico diz olhando para a Poliana —

Sinto minhas pernas vacilarem e minha respiração começa a falhar ao ouvir o que o médico disse, eles tocaram no meu irmão..

Eu no fundo tinha esperança que meu irmão não tivesse passado por isso, mas foi apenas ilusão da minha mente querendo não acreditar no óbvio...

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