11 PROCURA

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O mago saiu andando sem rumo, não fazia ideia de que caminho pegar ou onde estava a rua principal. A noite estava nublada e a escuridão atrapalhava ainda mais para descobrir as direções.

Ele não podia usar magia ou saltar sobre as casas para encontrar Luiza, porque curiosos observavam as ruas pelas janelas. Era palpável o desconforto das pessoas em ver um homem andando sozinho naquela hora da noite, visto o ocorrido com vampiros.

Após muito andar encontrou a avenida principal. Mas o comércio estava fechado e as ruas estavam vazias. A não ser pelos olhares curiosos entre as cortinas das janelas.

Seguindo constrangido, acabou passando em frente ao teatro que estava fechado. Porém a mesma sensação ruim de antes permanecia ali.

Ele se aproximou do prédio e notou a porta aberta e um atendente sai em sua direção. Sendo simpático ele o convida a entrar contando que terão um espetáculo particular. No fim não precisa insistir muito, pois o mago se deixa levar, já se preparando.

Atrás de si a porta se fecha. O salão e a escadaria antes iluminados ficam em completa escuridão. Fantasmas atravessam as paredes e um líquido escuro se espalha pelo chão.

Lucas retira um cetro de seu bolso do casaco. O artefato é robusto e dourado com um grande cristal azul no topo. Ao batê-lo no chão um circulo de luz se expande criando uma área em seus pés onde o líquido escuro não consegue entrar e começa a se acumular na borda.

O mago expande o circulo chegando aos pés do atendente que o trouxe até ali dentro. Esse é liberto da gosma negra e cai desmaiado no chão.

Os fantasmas entram em fúria e começam a assoprar miasma por toda a sala. O mago cobre o nariz, imediatamente começa a atirar estacas de luz contra as criaturas.

Diferente dos vampiros eles não ficam paralisados, mas são imediatamente eliminados, virando parte do líquido negro no chão.

Mesmo com o miasma no ar ele junta as duas mãos sobre o cetro e conjura um encantamento que purifica o ar e o piso, fazendo toda escuridão sumir e voltar a iluminação.

Parte do líquido escuro foge subindo pela escadaria e correndo por baixo da porta para a entrada das primeiras fileiras de cadeiras do grande salão de teatro.

Armado com seu cetro o mago persegue a gosma inimiga, mas ao entrar é atacado por Luiza que está sendo controlada pelo líquido escuro e tenta esbofeteá-lo e mordê-lo.

Novamente Lucas bate o cetro contra o chão e o círculo de proteção é ativado ao redor de seus pés. Luiza é liberta e perde a consciência, sendo segurada pelo mago para não cair no chão.

A gosma não os ataca, mas recua sobre os instrumentos da orquestra e ali se condensa.

– Acorde Luiza!!! Você tem que sair daqui! – A mocinha abre os olhos atordoada e bruscamente é arrastada para o chão.

Um piano passa por cima deles quebrando a porta e rolando escadaria abaixo. Lucas a abraça forte chamando-a, quando olha para o rosto dela é encarado de volta. Estão tão próximos que podem sentir o cheiro da respiração um do outro.

Mas o círculo mágico foi desfeito assim que o cetro saiu do chão, quando eles se abaixaram.

Aproveitando a oportunidade uma parte do líquido negro salta sobre as costas do mago tentando controlá-lo.

Ele se levanta batendo as costas contra a parede, esmagando a gosma que se espalha, mas logo reage tentando envolver todo o corpo dele.

Sentindo a mente ser tomada ele bate o cetro contra o chão, porém o circulo é interrompido por que a gosma controla o braço dele levantando para que não toque o chão.

Luiza agarra o cetro e força-o para baixo. Assim consegue ativar o circulo libertando o mago que demonstra um pouco de fraqueza.

Enquanto a pequena gosma que o atacou corre voltando para a grande bolha perto do palco e lá se tornam uma novamente.

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Era Um MagoOnde histórias criam vida. Descubra agora