18 AJUDA

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No dia seguinte Lucas acordou com um pesadelo de sua infância, quando era desperto com um balde de água fria e mandando escovar e selar os cavalos.

Atormentado por essa lembrança ainda se viu naquele curral parecido. Sem escolha levantou e foi logo pegar um balde para ordenhar as vacas.

O velho Caesa chegou com os filhos e encontrou dois latões cheios, além do forasteiro escovando as vacas

– Bom dia... – disse o velho desconfiado.

– Bom dia... Elas não produziram muito, mas estão melhores que ontem. Quer que as leve para o pasto? – perguntou Lucas. O velho admirou o aspecto geral dos animais e conferiu os galões cheios.

– Pode ir. Fabrício mostre a ele e Mauro me ajude com os galões, o senhor Bailey deve chegar logo. –

Fabricio era o mais jovem e nem mesmo ajudou a guiar os animais, foi na frente e somente apontou o pasto, ficando sentado na cerca assistindo Lucas conduzir tudo sozinho – Não é para ficar só olhando as vacas, tem que encher o bebedouro, entendeu? – provocou.

~ ~ ~

Pela posição do sol, o meio dia se aproximava. Lucas viu ao longe um cavalo vindo em sua direção. Era Luiza com o rosto aflito

– A vizinha Soraia. Na casa mais próxima a floresta. Levou um tombo bem cedo. Ainda não acordou está com a cabeça inchada. – disse ofegante – Lucas. Pode cura-la? Como fez com seus ferimentos antes?... –

O mago acenou que não com a cabeça e se explicou dizendo que descobririam sua identidade.

Mas Luiza o olhou suplicante – Se me ajudar a tirar todos de perto, talvez... –

– Eu ajudo! Vamos! – ela se animou instantaneamente. Lucas então subiu atrás dela na montaria o que a deixou um pouco desconfortável, mas disfarçando atiçou o cavalo e partiram em segundos.

A casa de Soraia possuía um jardim de ervas curativas nos fundos, foi ali que Lucas pediu para Luiza colher algumas ervas para dor e febre. Assim entraram na casa com essa desculpa de que fariam algum remédio. Por sorte somente Marcela estava lá

– Mãe o Lucas tem um remédio para a senhora Soraia. Vamos precisamos aquecer água e pegar uns panos... Vem vamos logo! – disse empurrando a mãe para fora do quarto. Marcela ficou muito desconfiada e perguntou que raio de remédio era esse.

Mas Luiza tentou enrola-la dizendo que era coisa dele e que elas deviam ajudar e pelo menos tentar. Assim o mago teve preciosos minutos para usar uma magia de cura.

Quando a água ferveu e elas voltaram o inchaço já tinha diminuído e Lucas colocou as toalhas sobre a cabeça da enferma e jogou algumas ervas amassadas com as próprias mãos dentro da xicara. Marcela tentou inspecionar tudo, mas Luiza entrou na frente interrompendo todas as perguntas que ela tentou fazer.

Com o disfarce feito, e o chá improvisado servido, ficaram sobre o interrogatório de Marcela até que o marido de Soraia chegou. A confusão foi interrompida e ele retirou os panos do rosto de sua mulher que atordoada reconheceu o marido. – Um milagre! – comemorou o homem.

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