28 CRISTAIS

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Kalesi e os outros estavam salvos e conjurando magias de cura em si mesmos. Viram a cabeça do dragão no chão e o cavaleiro negro logo ao lado inspecionado o animal. Algo foi retirado e guardado na bolsa de Eleia.

Nesse momento todo o dragão começou a se transformar em cristal. Não só isso, mas Togram e dois magos podiam ser vistos lá dentro. Com um golpe leve da espada de Lucas, a pedra da barriga se rachou, quebrando e libertando os três da prisão.

Diertoch apontou sua espada para o pescoço de Hayk – Cumpri minha parte, ainda salvei seus homens e sua vida... Espero nunca mais vê-lo. – terminou recolhendo sua espada e sua armadura se desfez como uma nuvem de tempestade em raios envolvendo a espada e foram ambas guardadas dentro da bolsa mágica.

Envolto em uma bola de escuridão seguiu seu caminho como fumaça se deslocando pelo ar.

Luiza o abraçou assim que a bola de escuridão se dissipou. O marido retribuiu o abraço deixando um pouco de seu peso cair sobre ela.

– Salvou todos. –

– Por vocês – disse ele tocando-a no ventre e ela se emocionou, olhando-o nos olhos viu o quanto ele estava pálido com aspecto enfraquecido.

– Cansado? –

– Sim, mas temos que sair daqui primeiro – disse estendendo o saco para que ela guardasse o cetro dentro.

Dali partiram de mãos dadas até alcançarem a estrada. Após alguns metros Lucas percebeu alguma coisa e quis voltar para a floresta, no entanto Luiza preferia ficar na estrada – A floresta é muito íngreme, estou cansada... – disse já se sentando em uma pedra ao lado da estrada e pedindo para descansarem um pouco.

– Venha Luiza eu a carrego –

– Não Lucas, deixe-me sentada um pouco estou exausta e com sono... –

– Vem vindo um grupo que não quero encontrar –

– Quem? Onde? – quis saber olhando em volta e ao longe na estrada viu cavalos.

– Vamos ainda dá tempo de nos escondermos –

– Não! Você não é um criminoso e salvou tantas vidas! Não é justo que o tratem assim. – protestou convicta de que tudo estaria bem. Sem escolha acabaram ficando ali.

Os cavaleiros resplandeciam em suas armaduras, assim que viram os dois, a margem da estrada, pararam – Ora, esse não é o desertor? – disse já sacando sua espada.

Mas um deles ordenou que não fizesse nada – Guarde sua espada – assim se aproximou de Lucas e ambos apenas se encararam sérios.

– Não temos tempo para isso! Estamos atrasados, Sigam! – ordenou demonstrando que era o comandante e ficou ali encarando Diertoch enquanto os outros seguiam. Quando o último se foi ele também seguiu junto sem dizer nenhuma única palavra.

Luiza ficou pensando se aquela não era a guilda de cavaleiros que Breno falou, ela tentou fazer perguntas, mas seu marido não queria responder e somente a fez entrar na floresta para descansarem.

Logo que encontrou um lugar seguro e reservado deitou na grama fazendo-a se lembrar do primeiro encontro que tiveram. Na antiga floresta mal assombrada de sua vila ele e um fada ela se lembrava daquele dia com carinho.

– Também estava assim deitado quando o encontrei na floresta mal assombrada... – disse ela se sentando ao lado dele. Mas ele não respondeu pareceu adormecer.

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