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19 de setembro de 2009

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19 de setembro de 2009.

Masaru Hanagaki tragou o cigarro e sentiu o gosto da nicotina lhe preencher o paladar pela fumaça, logo expulsando todo o ar de seus pulmões vendo a nuvem acinzentada ser levada pelo vento que lhe afagava a pele. Olhou para o céu contemplativo apoiando-se no carrinho de malas que o acompanhava.

Havia se passado quatorze meses desde a última vez que esteve em Tóquio, tempo esse que foi aproveitado ao lado de seu amado menino. Takemichi Hanagaki foi tirado de si ao se separar de sua esposa quando o bebê tinha apenas alguns meses de vida, desde então conseguindo o ver uma vez ao ano, isso se sua ex se sentisse boazinha. Essa rotina de incertezas durou até os onze anos do garoto onde ela simplesmente lhe mandou uma mensagem dizendo onde devia pegar ele e que agora era sua responsabilidade, além de uma gorda pensão para que ficasse quieto. Masaru ficou quieto quanto a situação, não por causa do dinheiro já que tudo foi depositado para uso exclusivo de Takemichi quando na maioridade, mas por preferir que ele ficasse consigo.

Foi um início conturbado para eles, seja lá o que sua ex fez com o filho deles ele não confiava em ninguém e parecia esperar que sempre fosse ser usado para algo. Mas com paciência e jeito a relação deles se desenvolveu a ponto de confiarem muito um no outro.

Takemichi, no início de maio do ano anterior, o chamou para uma conversa seria e até mesmo revoltante. Ele explicou que ele não era exatamente o garoto de 17 anos que Masaru achava que era, contando superficialmente sobre os dons de visão e salto no tempo. Isso explicou para o Hanagaki porque foi tão difícil se aproximar do garoto a primeiro momento, sua separação com Emanuella se deu por conta de a mulher ser uma alpinista social que não se contentou com o que ele lhe ofereceu para a vida, mesmo que fosse de uma classe média alta. E lhe elucidou do porquê seu filho desejava tanto sair de Kanto.

Masaru a primeiro momento se viu apreensivo, seu filho desejava que ele largasse o emprego estável que possuía e lhe acompanhasse em uma viagem por alguns países, por um tempo que o próprio não conseguia definir ainda. Mas confiou em Takemichi. Confiou nele como ele havia confiado em si. Mesmo quando o Hanagaki lhe explicou que estariam fazendo coisas ilegais, que ele estaria desse lado do mundo agora.

Masaru Hanagaki estaria do lado do filho o apoiando como achava que deveria. Era seu dever como pai. E se seu menino não estava confortável em estar em Tóquio naquele momento e ainda possuíam o benefício dessa viagem, não seria ele a negar isso. E Takemichi lhe provou tudo que contou. Tanto que até mesmo ele se viu envolvido nos negócios do filho. Masaru Hanagaki havia se tornado um cobrador do submundo, especificamente de Deviltown. Isso além das corridas que ambos participavam.

Deviltown eram arenas de lutas ilegais que rodavam o mundo todo, possuíam polos em todas as grandes cidades e tinham campeonatos mundiais, um grande negócio do submundo. Era a maior fonte de renda dos Hanagaki, já que Takemichi também participava dessas lutas.

Masaru admitia a si mesmo e a seu filho que quase teve um infarto na primeira luta de seu menino, mas a partir daí aprendeu que Takemichi não se colocava em batalhas que não poderia vencer e era insano a adrenalina e orgulho que sentia ao ver seu garoto massacrar facilmente os oponentes.

O cigarro foi tirado de sua mão e Masaru não se preocupou com isso, olhando Takemichi tragar com os olhos fixos na vista da grande metrópole que o aeroporto disponibilizava.

O Hanagaki mais novo estava um pouco maior, mais encorpado e com traços maduros. O cabelo, agora em seu tom preto original, estava com os longos cachos presos em um coque enquanto as laterais estavam raspadas, em sua orelha vários piercings e brincos com correntes que foram recolocados após saírem do avião. Bem, seu filho cresceu e Masaru era orgulhoso do que via.

— Voltei Tóquio. Espero que estejam preparados para mim.


[...]

— Porque quis formar a gangue afinal, meu rei? — Kakucho criou coragem para perguntar.

Izana apareceu no apartamento que dividiam a cerca de sete meses querendo falar com todos seus amigos para que formassem Tenjiku. Ele foi categórico em dizer que precisava de seus súditos para uma vingança e apenas isso. Nada mais foi citado desde a fundação então, Izana e os reis celestiais tocando o terror em Yokohama enquanto a gangue crescia mais e mais.

— Se você soubesse que alguém que importa para você se machucou e o culpado não está pagando por isso, o que faria?

— Bem, só há duas pessoas que eu me importo meu rei. O senhor e meu herói. E eu gostaria de fazer a pessoa pagar com a vida por fazê-los sofrer — Kakucho respondeu decidido. Será que alguém fez mal a Shinichiro? Era isso que seu rei queria vingar?

— Então você já sabe tudo que precisa servo. Alguém especial para mim e meus queridos sofreu. O desgraçado responsável por isso irá pagar com sua vida.


[...]

Mikey estava sentado entre as pernas do namorado enquanto assistiam um filme qualquer em seu quarto. Draken fazia carinho em seus cabelos concentrado na tela, mas a mente do menor estava vagando.

O sumiço de Takemichi Hanagaki das ruas de Tóquio chegou a Toman ainda no primeiro mês, mas até oito semanas atrás Chifuyu lhes dizia sempre que ele estavam bem e que não havia o que se preocupar. Mas então ele começou a se esquivar de perguntas que envolviam o ex interino e isso preocupou os amigos. Seu ratinho na Black Dragons disse que Takemichi simplesmente não interagiu de qualquer forma com a gangue e nem mesmo Inupi tinha notícias a dar sobre o comandante.

Estava feliz, esperando por isso desde que seu envolvimento com Draken começou. E agora que o mais velho tinha tirado suas garras de Black Dragons poderia conseguir seus peões de volta rapidamente, bastava mexer os pauzinhos certos.

— Mikey? O que foi? — Draken questionou notando o outro estremecer em suas mãos.

— Nada Kenchin, apenas um arrepio.

Isso era estranho, nunca havia sentido um desses antes, lhe subindo a coluna e arrepiando os pelos dos braços. Bem, não sem um contexto sexual. Não devia ser nada mesmo.

Detalhe, as três cenas acontecem ao mesmo tempo

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Detalhe, as três cenas acontecem ao mesmo tempo. Então imaginem assim:

Takemichi disse: 

— Voltei Tóquio. Espero que estejam preparados para mim.

Ao mesmo tempo que Izana dizia:

— Então você já sabe tudo que precisa servo. Alguém especial para mim e meus queridos sofreu. O desgraçado responsável por isso irá pagar com sua vida.

E Mikey arrepiou junto com essas falas. Tipo uma premonição de que está muito fodido.



PASSEM NO MEU PERFIL, TEM ALGO INTERESSANTE.


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