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27 de dezembro de 2009

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27 de dezembro de 2009.

Yumi Kiryu. Um nome de peso no submundo de várias formas. Uma mulher com poder financeiro que sozinha se equiparava a uma potência como um clã da Yakuza. Uma integrante da Sumiyoshi-rengo de alta patente, sendo a segunda na linha da próxima geração, ficando atrás apenas do Kobun que dentro de algumas horas assumiria o manto de líder das duas famílias da Yakuza. Uma executiva de deviltown.

Suas conquistas acadêmicas não deviam ser deixadas de lado, uma mente invejável que já havia conseguido títulos como gênio em sua área na sociedade japonesa, e com seu alcanço no submundo isso se tornou ainda maior, é claro. Sua beleza também não era algo a se deixar de fora, eleita uma das mulheres mais bonitas do país. Sua classe, educação e etiqueta eram elogiados até pela família imperial.

Ela tinha os homens aos seus pés como queria, conquistá-los não era um desafio, era tão fácil que nem os considerava mais como conquistas. Assim que seus alvos eram definidos era questão de pouco tempo para eles estarem rastejando aos seus pés, e após isso os abandonar era sempre delicioso.

Não houve nenhum homem em quem pôs os olhos, seja qual for sua posição social, estilo de vida, crenças, estados civis ou até mesmo sexualidade que a impedisse.

— Então por que caralhos o único que desejei ter na minha mão integralmente não caiu em meus encantos?! — Yumi bateu o punho na mesa, as palavras escapando entredentes com raiva.

Takemichi Hanagaki era algo. Não importava nada quando ela estava no local se era em sua presença. Ela, tão acostumada a sempre ser o centro de todas as atenções aonde ia, era tratada como uma qualquer quando ele aparecia.

O homem era realmente bonito, mas não tanto quanto ela. Era muito sensual e confiante, mas ela era mais. Sua posição no submundo era muito, mas ela era alguém de peso e que já era consolidada no submundo a muitos anos, era como apostar entre algo seguro e uma variante imprevisível.

Para a Kiryu só havia uma explicação, Shinichiro Sano. O desgraçado que tinha uma beleza que se equiparava a sua, uma inteligência tão boa quanto e que tinha que ter talentos de sedução tão bons quantos os seus, se não maiores. Primeiro planejava que ele morresse na guerra das famílias para que assim ficasse fora de seu caminho, mas isso não aconteceu já que Takemichi era mais competente no que se propunha a fazer do que o esperado.

Então sua última cartada e mais desesperada foi solicitar uma reunião particular com Takemichi antes de sua posse para que pudesse atrair Shinichiro. Sabia que ele estava agindo como um secretario junto com o vice-líder, Mamba verde, para Takemichi, já que os últimos dias estavam muito cheios. Era perfeito, ele era ciumento o suficiente e tinha todas as desculpas para comparecer a reunião no lugar do namorado.

E seria ali que o veria parecer, já tinha todos os métodos e bodes expiatórios necessários para tirar Shinichiro da vida de seu futuro marido.

— Olá Yumi — A mulher não fez nem questão de fingir surpresa ao ver Shinichiro entrando em sua sala sem ser anunciado.

— Shinichiro.

O cumprimento foi feito com seu melhor sorriso e maior polidez, o que só lhe foi possível por ser tão boa atriz. Era irritante para Yumi o quanto ele estava bonito, odiava ter que reconhecer isso.

— Você não parece surpresa em me ver.

— Solicitei uma reunião com Takemichi apenas para indicar a importância do assunto que queria tratar, sei que em algumas horas ele irá para o Tama Hills, assim como nós, mas seu papel é muito mais importante para que ele fique livre para me ver. No entanto, esperava que mais alguém viesse em sua companhia.

— Acreditei que eu era o suficiente, além de estar interessado em estar a sós com você um pouco. Espero que não se importe.

— Claro que não. Aceita um chá? Pegue uma xicara — Yumi indicou uma cristaleira próxima a porta, enquanto depositava chá em uma xicara a sua frente — Mas estou curiosa, algum motivo para querer ficar a sós comigo? Sempre demonstrou abertamente que tinha aversão a mim.

— Pensei que alguém como você teria entendido muito bem o que eu estava fazendo — Shinichiro deu a volta na mesa e colocou uma xicara ao lado da de Yumi, observando-a preencher com chá, após vê-la soltar o bule virou bruscamente a cadeira dela para ficar frente a frente — Ou não entendeu?

— Você me vê como uma ameaça a Takemichi. Eu entendo — Apesar de suas palavras Yumi estava realmente surpresa ao ver o sorriso malicioso no rosto de Shinichiro, principalmente a ele inclinar em sua direção.

— Eu queria que ele pensasse que eu te via como ameaça — O Sano sussurrou em seu ouvido, viu como a pele branca se arrepiou e depositou um selar no pescoço da mulher antes de se afastar um pouco — Eu conheço sua natureza, Yumi Kiryu. Quer conquistar Takemichi Hanagaki porque ele é o homem mais poderoso que há no momento, e será assim por muitos e muitos anos. Mas você está errada.

— Estou...?

— O homem mais poderoso não é ele, sou eu. Porque além do meu próprio poder, tenho Takemichi, o Rei, como uma marionete em minhas mãos. Então tenho uma proposta para você.

— E o que seria?

— Você quer usar seu corpo para conquistar o poder de Takemichi, mas isso não dará certo enquanto eu estiver aqui. Em vez disso — O dragão pairou seus lábios sob os de Yumi — Use seu corpo para conquistar o meu poder. Eu quero seu corpo e você quer algo que posso te oferecer por isso. Enquanto você for minha, te garanto que não haverá nada que não possa conseguir.

A mulher arregalou os olhos. Mas um pensamento logo lhe seguiu e ela sorriu. Agora estava tão claro quanto água para ela, Shinichiro era igual a si. Era por isso que Takemichi estava tão enrolado em seus dedos, porque era exatamente como ele queria, tudo saiu como seus planos.

Era uma proposta tentadora. Não seria a rainha como desejava, mas teria ainda mais poder desse jeito. Controlar aquele que controla o rei. Não era preciso pensar muito. Avançou nos lábios do mais velho com ferocidade, decidida. E foi recebida.

Até nisso teria que admitir, não lhe surpreendia Takemichi estar tão entregue. Era apenas um beijo, mas possuía tanta dominância, era tão delicioso.

— Acho que não se importaria se tomar chá na mesma xícara não é? Esse acordo torna o veneno desnecessário — Yumi não se surpreendeu por ele saber. Não, não mais. Pegou sua xicara e deu um grande gole antes de oferecer a Shinichiro.

— Não, não me importo.

— Não, não me importo

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