Todo o resto já foi quebrado nessas viagens do tempo. Corpo. Alma. Mente. Confiança. Vontade. Bondade. Mas seu coração se mantinha intacto, a única coisa que não lhe permitia quebrar por completo. Ele já não era o mesmo Takemichi que seus amigos con...
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24 de novembro de 2009.
Mikey apertou o celular com força ao notar que Takemichi desligou em sua cara. Respirou fundo e pegou a chave da sua moto que estava na cama próximo a ele. Se levantou. Aquela voz parecia com a de Shinichiro, mas ou a implicação estava errada ou confundiu-a. Impossível que Shinichiro esteja com alguém, o molenga e fracassado Shinichiro. Com Takemichi então?!
Não importava se os requisitos de Takemichi eram baixos, ainda eram específicos e Shinichiro não seria capaz de atendê-los. Mas não importava a capacidade – ou falta dela, de seu irmão em fazer Takemichi se apaixonar, o coração do Hanagaki pertencia a ele, fez questão de tomá-lo e gravar seu nome por longos anos.
— Aonde está indo Mikey? já estou quase terminando a janta — Emma gritou ao notar a movimentação.
— Vou até o Shini.
— Não pode esperar comer? Ai eu vou com você, faz tempo que não o vejo!
— Não. Não posso esperar — Mikey não aguardou por um novo comentário antes de sair. Precisava entender o que realmente estava acontecendo caso fosse mesmo Shinichiro com Takemichi na ligação.
E deixaria passar a arrogância de Takemichi em fingir não o conhecer apenas porque queria ele o mais rápido possível de volta. Precisava. Levaria menos de duas horas para chegar ao apartamento de Shinichiro, mas mesmo que ele não estivesse lá era o único lugar que saberia poder encontrá-los.
[...]
— Quer parar querido? — Takemichi questionou com uma voz rouca no ouvido do namorado.
Shinichiro levou um tempo para raciocinar, entender a pergunta. Sua mente parecia ter se desligado junto ao quarto orgasmo, as pernas fraquejando e conseguindo se manter em pé apenas por Takemichi o segurar firmemente. Entendia agora o que Wakasa havia falado, Takemichi parecia não estar nenhum pouco cansado, mesmo que sabe se lá quanto tempo tenha passado, quantas posições já haviam feito. Mas apesar de estar cansando Shinichiro também sentia vontade de continuar.
— Eu não sei se consigo me sustentar agora — Admitiu — Mas não se atreva a parar.
O mais novo o impulsionou para entrelaçar as pernas em seu quadril e tomou os lábios do namorado, andando de volta para a sala, se ajoelhou.
— Se está cansado podemos parar meu amor.
— Eu quero mais, quero continuar.
— E eu não quero te machucar ou forçar.
— Você não foi nada além de gentil comigo até agora — Shinichiro tombou a cabeça, um sorriso provocante, sabia que apesar de ter dito que não ia se segurar o Hanagaki estava fazendo isso — Você não deve ser capaz disso. É por isso que prefere ser dominado não é? — O Sano jogou o cabelo para trás, tirando-o da testa já molhada demais de suor, os olhos azuis escureceram — Não importa o quão foda você seja, no final, no sexo, você sempre será assim. Incapaz de ser qualquer coisa além de um bom menino.
