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21 de novembro de 2009

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21 de novembro de 2009.

Shinichiro ficou parado a frente da porta por quase meia hora indeciso sobre entrar, ou bater, ou dar meia volta. Suspirou, se maldizendo com seu comportamento, mas foi mais forte do que ele, esperava conseguir conversar com Takemichi. Até estava disposto a levar um chute ou outro.

Olhou o celular uma última vez, a conversa aberta de Wakasa lhe garantindo que o vestido seria ajustado a tempo. Não queria usar inicialmente, mas seus amigos sabiam muito bem como fazer sua cabeça. Era fácil demais, apenas coloque Takemichi no meio e ele aceita tudo.

Colocou a mão na maçaneta lembrando de quando chegou no prédio.

"— Sr. Hanagaki, desculpe incomodar, me chamo Haruto Yoshida e sou o síndico do prédio que moram. O Sr. Hanagaki, seu companheiro, me informou do relacionamento de vocês a dois dias e não tive a chance de conversar sobre isso. Sua mudança trará alguma coisa pesada ou de grande volume? Para reservar o elevador e fazer os preparativos corretos para receber o senhor em nosso prédio."

Se Takemichi informou o síndico de que ele era um morador e ainda o fez usar seu sobrenome, então não havia mal em entrar sem bater, não é?

Abriu a porta.

O apartamento de Takemichi nunca ficava completamente escuro já que longas janelas de vidro cobriam o que deveria ser a parede da varanda e as cortinas dificilmente eram fechadas, deixando o máximo de luz natural entrar, tanto dia quanto noite. Era um dos casos e se não fosse a chave da moto de Takemichi em cima da mesinha de centro ele diria que ele não estava em casa.

Ele escutou o grunhido irritado vindo de cima.

— Não pai, foda-se. Não me importo — Um suspiro — Fico feliz que as coisas estão começando a andar com Kiara, só avise os outros se for a levar para sua casa, sabe que eles usam aquele lugar como base, mas tenha um bom encontro. E trate minha madrasta bem — Uma pausa — Foda-se se é uma chance, sei que vai dar certo. Vocês foram feitos um para o outro, acredite em mim. Agora faça o favor de tirar o ponto antes de transar que eu não quero escutar algo sem querer, seria traumático — Outra pausa — Eu to bem, ok? Não vou morrer porque ele me chamou de babaca — Mais uma, mais curta que as outras — Puta que pariu velhote, a gente não brigou nem nada, ele só precisa de tempo pra digerir, a gente está bem. Eu acho.

Shinichiro terminou de subir a escada a tempo de ver Takemichi largar o emaranhado de fios ao lado da cama, mas não se moveu após isso.

— Raposinha?

— Achei que precisaria de mais tempo — Takemichi respirou fundo antes de virar e se apoiar no braço para olhar o mais velho — Está melhor?

— Desculpe por aquilo, foi idiota e sem noção.

— Que bom que sabe.

— Eu só fiquei puto. Você poderia ter dito que era eu. Você poderia ter sido tão grosseiro quanto estava sendo antes. E eu pensei que você poderia querer porque, bem, eu não vou te dar filhos né?

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