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31 de Dezembro de 2009

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31 de Dezembro de 2009.

A noite estava fria e clara, prenúncio perfeito para o início do Festival de Ano Novo organizado pelos delinquentes. E perfeito para o encerramento muito necessário de Takemichi e seus amigos com Mikey. Porque Takemichi sabia, muito além de informações através de Tenjiku, e muito além de ser o caminho que disponibilizou para Mikey andar. Ele sabia por que sua visão, sua morte, seria nessa noite.

E Mikey liderava os membros da Toman enquanto, seus passos ecoando pelo silêncio do estacionamento. A lua cheia iluminava o caminho, criando sombras longas e dançantes nas calçadas. Os Toman estavam vestidos com seus uniformes, o tecido preto e dourado contrastando com a luz pálida. A caminhada até o festival foi silenciosa, com cada membro perdido em seus próprios pensamentos.

Ninguém pareceu questionar por que o único caminho disponível para eles com as motos os levava a um estacionamento distante, e que eles eram os únicos no lugar.

A tensão era palpável, e Mikey, à frente do grupo, parecia um vulcão prestes a entrar em erupção. Enquanto avançavam, após todos estacionarem, podiam ouvir os sons distantes do festival. Música, risos e conversas animadas flutuavam no ar, criando um contraste quase irônico com o silêncio pesado do grupo da Toman. O aroma de comidas tradicionais começava a se misturar ao ar frio, aumentando a sensação de que estavam se aproximando de algo grande e inescapável.

Ao chegarem ao local, Mikey parou por um momento, observando o campo aberto decorado com lanternas coloridas. O ambiente era mágico, com barracas oferecendo uma variedade de comidas e bebidas, e um grande palco central onde performances musicais e danças animavam a multidão. A atmosfera festiva parecia indiferente à tensão que Mikey trazia consigo.

À medida que se aproximavam, Mikey notou a multidão diversificada. Figuras importantes de várias facções e gangues se misturavam, seus trajes refletindo suas alianças. Mas Mikey presumiu que a maioria dos presentes eram civis, uma suposição que ele logo usaria contra Takemichi, e não apenas civis, organizações inimigas não aceitariam caladas se Takemichi acabasse os arrastando para uma briga que deveria ser sua.

No entanto, o caminho não se abria automaticamente para eles, como estavam acostumados. As pessoas ao redor os observavam com nojo e presunção, desviando os olhares rapidamente, seus corpos seguindo os caminhos originais fazendo Toman ter que esbarrar e lutar para avançarem unidos. O desprezo era palpável, uma barreira invisível que separava a Toman dos outros.

Mikey sentiu a raiva crescer dentro de si. Ele não estava acostumado a ser tratado dessa maneira. Não havia uma única vez que ele estava com sua farda que fosse tratado com menos do que respeito e medo. Mas estava acontecendo ali, com todos os seus, com ele.

Os vendedores das barracas tratavam os membros da Toman como moscas incômodas, ignorando-os quando um ou outro se aproximou, interessados nas guloseimas.

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