Capítulo Cinco

13 3 15
                                    

Chego no campo de treinamento da Fortaleza batendo o pé

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chego no campo de treinamento da Fortaleza batendo o pé. Todos param para me olhar. Era de se imaginar que depois de três meses em Siastar vivendo com o rosto e a pele da salvadora de todos eu estaria acostumada. Não estou.

Não gosto da atenção. Não gosto que todos me olhem esperando de mim todas as grandes coisas que Alura fazia.

Encontro Kapton atirando facas em um alvo no lado oeste. Ele está sozinho. Provavelmente espantou a todos.

— Você se importaria de me explicar o que diabos aconteceu lá atrás? — Fico de pé ao lado do alvo, encarando os olhos frios e azuis de Kapton.

— Esqueça isso. — Sua testa está enrugada, o que significa que muitas coisas estão passando em sua mente nesse momento.

Cruzo os braços quando ele arremessa outra faca, a acertando no alvo.

— Não. Você estava prestes a acabar com ele. — Kapton atira outra faca, me ignorando — Nem eu o odeio tanto assim.

Kapton suspira e revira os olhos enquanto brinca com uma das lâminas.

— Perdi o controle por um minuto, Alura. Deixe-me em paz.

Ele atira a terceira faca, mas eu a seguro centímetros antes de acertar o alvo, em protesto. Fixo meu olhar nele, esperando por respostas.

Ele apenas olha para mim, levemente impressionado.

— Seus reflexos estão melhorando.

Assinto e me aproximo dele. Kapton recua para pegar uma garrafa d'água que tinha junto de suas coisas.

— Foi o que ouvi. — Replico, impaciente.

— Escute, me desculpe, ok? Eu só não confio no humano. — Ele tenta me dispersar — Mas temos um problema muito maior aqui do que Myers. Um Drua atacou um Drakkar no mundo humano. Isso nunca aconteceu antes.

Baixo o olhar, aflita, mordendo o interior do lábio.

— O que você acha que isto significa? — Pergunto com a voz baixa.

— Acho que significa que Zoltan está de volta. — Me arrepio apenas com a menção daquele nome — E tenho que manter minha cabeça focada se quiser derrotá-lo desta vez.

Descruzo os braços, me sentindo ultrajada.

— Você não vai enfrentá-lo sozinho, Kapton.

— Vou, porque sou o único que pode. — Ele me olha sério e sua voz impõe autoridade. Uma que não estou acostumada a servir, mesmo depois de três meses em Siastar.

— Alura lutou com ele diversas vezes. — Protesto com um sorriso no canto do rosto.

— E ela perdeu no final. — Engulo em seco o quanto suas palavras me ferem. Ele pensa que não sei disso? Pensa que não sei que sou a prova viva de que a poderosa Alura falhou em derrotar o maior mal que já pisou em Siastar? — Acredite em mim, sou o único que pode detê-lo.

Estrela do NorteOnde histórias criam vida. Descubra agora