Capítulo Trinta e Oito

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Quando Ezran completa os votos e o Simbras brilha, sinto meu mundo desmoronar por um instante, mas então vejo algo acontecer

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Quando Ezran completa os votos e o Simbras brilha, sinto meu mundo desmoronar por um instante, mas então vejo algo acontecer.

O Simbras deveria brilhar em uma cor dourada, mas a cor que vemos é vermelha. Em seguida, da esfera flutuante sai um raio que acerta Ezran e o joga para longe. Ele cai em cima da mesa dos aperitivos e eu começo a rir, assim como Alura.

Não sabemos o que aconteceu. Era para o Simbras desaparecer depois da cerimônia estar completa, mas ele apenas volta a ficar branco.

Olho para Alura e a vejo segurar a esfera como se desse a mão para essa coisa. Em passos lentos porém determinados, ela caminha até mim, trazendo o Simbras consigo.

Quando ela para na minha frente, olho para baixo e vejo meus pés dentro do Simbras que brilha tão forte, que preciso fechar meus olhos ao segurar as mãos dela.

Mas enquanto seguro suas mãos, imagens vem à minha mente.

O dia em que sequestrei Alura em seu aniversário de trezentos anos, as vezes que nos encontramos depois disso, todas as vezes que ficamos juntos, nos apaixonamos.

O dia em que Genghis tirou a nossa foto.

Abro meus olhos e vejo o Simbras brilhar em dourado, mas não entendo.

Lentamente, ele desaparece e meus olhos confusos encontram os de Alura.

— Que porra foi essa? — Pergunto e ela dá de ombros. De uma das fileiras de convidados, um deles se ergue e caminha até nós com um sorriso orgulhoso no rosto, se apoiando em seu cajado.

— Ele não pode se casar com uma mulher que já é casada. — Genghis revela e sinto um arrepio correr pela minha espinha.

O dia da foto. Verão de 2001.

— Ah, deuses! Eu lembro! — Ela exclama, acariciando meu rosto — A foto que Genghis tirou de nós. Foi o dia do nosso casamento.

Abro um largo sorriso e de olhos marejados, a puxo para perto pela cintura.

— Você é minha esposa.

Ela sorri e me beija na frente de todos.

— Sou sua esposa! — Ela repete, feliz, contente — E eu te amo também.

Eu a abraço e a ergo no colo, a girando. Podem fazer o que quiserem comigo. Nada importa. Ela é minha esposa.

— Prendam-nos! — Ouço a voz de Ezran e a coloco no chão para olhar para ele. O facínora está de pé na frente de Raelyn, apontando um dedo para nós.

Os guardas o obedecem e começam a marchar na nossa direção, mas nós já estamos prontos.

— Fiquem longe da minha filha! — Kapton fica na nossa frente, entre nós e os guardas, que param e recuam, sem saber o que fazer.

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