Capítulo Quinze

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Não entendo o que Zoltan ainda quer que eu veja

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Não entendo o que Zoltan ainda quer que eu veja. Já vimos o que precisávamos, ele foi incriminado. Ele não matou o Rei. O que ele quer que eu veja?

A visão ao nosso redor não muda, mas o jovem Zoltan e Kapton desaparecem.

Ouço alguém chorar. Uma mulher. Olho em volta e do escuro, em meio aos arbustos, surge uma mulher, horrorosamente conhecida.

Minha mãe.

Ela está chorando, vestindo uma camisola branca e ensanguentada na região das pernas. Em seus braços ela carrega algo enrolado em um cobertor.

— Zoltan! Zoltan, onde você está? — Ela grita desesperada, olhando em volta. Estou em choque. Nunca a vi chorar ou sequer demonstrar emoções — Por favor, eu preciso de você!

Ela cai no chão, de joelhos, abraçando o que tem nos braços, soluçando igual criança.

— Raelyn! — O jovem Zoltan sai de dentro da caverna, alarmado. Ele se ajoelha ao lado dela e coloca a mão em seu ombro — Por Eskilden, você está sangrando!

Ela ergue a cabeça e mostra o que segura. Piso em falso e quase caio ao ver o que é.

É um bebê. Sou eu. Mas seus lábios e corpinho estão azuis e não respira.

Estou morta.

Meu coração acelera, olho para Zoltan ao meu lado, desesperada. O que está acontecendo?

— Zoltan, por favor! Ela se enforcou com o cordão umbilical. Deve haver algo que você possa fazer. — Levo a mão à boca e sinto as lágrimas rolarem pelas minhas bochechas — Estou implorando, não posso perder outro bebê!

Outro bebê.

Outro bebê.

Por Eyamora, isso não pode ser verdade.

O jovem Zoltan se ergue e a ajuda a fazer o mesmo. Com compaixão, ele a guia para dentro da caverna.

— Venha comigo, Raelyn.

Me apresso para segui-los ao interior, onde o Guardião.

— Ele pode te conceder qualquer desejo que quiser. Você pode desejar trazê-la de volta.

Por Eyamora, agora tudo faz sentido.

— Não é tão simples, garoto. — Genghis protesta. Ele parece consideravelmente mais novo, apesar de seus cabelos brancos — Eu sou o Guardião do Equilíbrio. Trazer alguém de volta dos mortos afetaria dramaticamente a ordem natural. Raelyn precisaria pagar um preço. Os deuses escolherão algo pra ela dar em troca da vida de sua filha.

Minha mãe nem hesita.

— Eu darei qualquer coisa. — Isso me pega de surpresa. Eu nunca a vi sacrificar qualquer coisa — Darei meu poder, minha vida, o que eles quiserem. Apenas traga a minha bebê de volta.

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