Capítulo Sete

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Não posso acreditar que Myers fez isso

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Não posso acreditar que Myers fez isso. De todos os lugares que ele poderia ir ele escolhe justamente o Monte Kali'mar? Porra!

— “Fique no quarto”, eu disse. — Eu o empurro, irritada. Ele parece só fazer besteira — “Não faça nada”, eu disse. Você não sabe seguir uma simples instrução.

— Eu precisava de respostas, Jones, desculpa se não confiei que era do seu interesse me dar isso. — Ele cospe as palavras e passa por mim, enfurecido.

Mas não sou mais Agatha Jones, a menina que aceitava todas as merdas do chefe. Eu sou Alura e sei quem sou.

O seguro pelo braço no instante que ele passa por mim e o impeço de continuar. Myers me olha de cima com os olhos semicerrados. Seu olhar encontra o meu e travamos uma batalha silenciosa até seus olhos desviarem dos meus e irem parar em algum ponto do meu rosto.

Eu o solto e respiro fundo.

— Escute, Anthony, goste ou não, você é um Feérico e os Feéricos têm regras. Nós vamos ajudá-lo a recuperar sua memória, mas você precisa ter paciência. — Tento argumentar com ele, mas Anthony apenas ri.

— Quem é você pra me falar sobre paciência? — Ele cruza os braços enquanto ri para mim — Você está tentando recuperar suas memórias há três meses e não conseguiu.

Torço o nariz e me aproximo dele.

— Eu lembrei dos primeiros trezentos anos da minha vida esta tarde, Anthony. — Minha voz sai fraca enquanto encaro seus olhos azuis. Sua expressão se suaviza e ele recua um passo.

— Como?

— Não sei. Simplesmente veio até mim. — Balanço a cabeça com o cenho franzido — Ainda tenho muito pra lembrar, mas pelo menos agora posso explicar as coisas pra você.

Eu o pego gentilmente pelo braço e o conduzo até à beira do Monte Kali'mar enquanto aponto para algo na nossa frente.

— Está vendo? É a Muralha. — Revelo, apontando para o muro que nos divide — Impede que os nortenhos e os sulistas se misturem. Está lá há meio milênio.

Ele se afasta do meu toque e suspira, impaciente.

— Eu sei. Eu li os livros que você me deu, lembra? — Ele vira para mim com as mãos nos bolsos.

Dou risada e lhe dou um peteleco na orelha.

— Tem algumas coisas que o livro não te conta, Anthony. Existem dois deuses. Eyamora, a Portadora da Luz, e Eskilden, o Patrono das Trevas. — Respiro fundo. É bom poder lembrar de tudo.

Bem, quase tudo.

— Quase oitocentos anos atrás, os nortenhos, os sulistas e os Drakkar viviam em paz. Eles formaram a Aliança. E as quatro pessoas responsáveis ​​por criarem essa Aliança foram o Príncipe de Siastar, a Sacerdotisa de Eyamora, o Rei Drakkar e o Sétimo Sacerdote de Eskilden. — Continuo contando. Me sento em uma rocha na beira do morro e ele se senta ao meu lado.

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