Capítulo Trinta e Dois

2 0 0
                                    

Kapton me dá uma carona até o palácio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Kapton me dá uma carona até o palácio. Estou nervoso.

Não pelo nosso plano de investigar o lugar, mas, sim, por estar no mesmo cômodo que Ezran, o homem que acha que Alura é sua propriedade.

Ajusto meu blazer enquanto esperamos pelos guardas de Eldwan nos escoltarem até a sala de jantar. Ao meu lado, Kapton está sério, com a testa enrugada e as mãos juntas na frente do corpo.

— Eu quero que Siastar saiba, Zoltan. — Ele confessa, mas eu não entendo do que se trata.

— Saiba o quê? — Indago, sem olhar para ele, limpando o suor da testa.

— Que Alura é minha filha.

Seu esclarecimento é o suficiente para tirar minha mente do que está me deixando ansioso e eu olho para ele, surpreso. Vejo um olhar incomodado em seu rosto.

— E o que te impede?

Ele respira fundo, trincando o maxilar.

— Quando Raelyn e Eldwan fizeram o acordo de casar Alura com Ezran, ele quis incluir um contrato mágico. — Ele começa a contar — Assim que o casamento fosse concluído, ele mudaria a lei que diz que a Sacerdotisa deve ser virgem e solteira.

Aperto os meus olhos e solto uma risada sarcástica.

— Ele sabe.

Kapton assente, olhando para mim.

— Sim, ele sabe. — Ele continua — O contrato mágico é um feitiço. As duas partes teriam que cumprir com o que prometeram, senão a consequência seria a morte. Raelyn não quis aceitar.

Ele respira fundo, tentando controlar sua raiva.

— Ela poderia estar livre pra se casar comigo e contar ao reino que sua filha é a próxima Rainha Drakkar, mas preferiu continuar mentindo pra manter sua reputação. — Vejo o nariz dele se torcer — Que tipo de pessoa faz isso?

Percebo que sua pergunta não é retórica. Ele realmente quer saber.

Me aproximo dele, sem uma boa resposta e coloco a mão em seu ombro para consolá-lo.

— Lembre-se do desejo, meu amigo. — Eu murmuro para ele — Raelyn não tem mais a capacidade de amar ninguém, nem você e nem a própria filha. Ela está agora e pra sempre em um eterno estado de autoproteção.

Ele assente e respira fundo mais uma vez, erguendo a cabeça.

— Eu sei. — De longe, avistamos os guardas se aproximando — É por isso que a partir de agora, não vou mais me importar com ela.

Eu sei que ele quer muito isso, mas quando se passa mais de setecentos anos apaixonado pela mesma pessoa, é difícil simplesmente deixar de amá-la.

Os escoltas de Eldwan nos conduzem para a sala de jantar onde o avisto de longe com Ezran, conversando com Alura e Raelyn, ambas segurando martinis em suas mãos.

Estrela do NorteOnde histórias criam vida. Descubra agora