Capítulo Trinta e Quatro

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Me esgueirar pelos corredores do palácio é perigoso e divertido, mas não estou sentindo a animação que o antigo Zoltan sentiria

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Me esgueirar pelos corredores do palácio é perigoso e divertido, mas não estou sentindo a animação que o antigo Zoltan sentiria. Minha cabeça não está centrada.

Culpo Alura por isso.

Eu a culpo por apontar a possibilidade de ser o verdadeiro filho do Rei Leomoth.

Eu não posso ser Rei. Não faço a menor ideia de como ser um. Eu não sou um homem do povo, eu sou... Um sulista. Um inimigo.

É assim que todos me veem, não importa o quanto eu tente, isso nunca vai mudar.

Nortenhos nunca vão aceitar um sulista como Rei.

Sei que Alura está indo para o escritório de Ezran, no lado oeste, então sigo para um lugar onde imagino que os registros do Rei Leomoth podem estar escondidos.

Alura não sabe disso, mas desde que ela me disse que Eldwan era um Trocado, eu estive suspeitando dele.

Quando o Rei foi morto, ele foi tão rápido em acreditar que eu realmente o tinha matado. Me prendeu e ordenou a minha execução, se não fosse por Kapton, eu estaria morto.

E todos acreditaram porque eu sou um sulista. Porque eu era um sulista vivendo entre nortenhos e não podia ser confiado.

Eu era o bode expiatório perfeito.

Detesto ter na mente o pensamento que um dos meus mais antigos amigos possa ter uma mente e uma alma tão maligna a ponto de matar o homem que chamava de pai e me incriminar por isso, mas Eldwan certamente mudou.

E isso já está mais do que claro para mim.

No subsolo do castelo existe as masmorras, a cripta e o Cofre Real, onde todos os Reis e Rainhas que vieram antes armazenaram suas maiores riquezas e fontes de poder.

Um lugar encantado onde apenas alguém com sangue real pode entrar.

Com uma chama entre meus dedos e minha palma, me esgueiro pelos corredores e escadas que dão acesso ao Cofre. Se eu for capaz de abri-lo, então não importa se encontrarmos os registros ou não.

Encontro um beco sem saída. Uma parede com uma enorme porta de pedra redonda com o brasão da família real gravado.

Respiro fundo, na tentativa de normalizar meu fôlego. Tiro minha espada da bainha e coloco a ponta do dedo na ponta da espada, pressionando até uma gota de sangue se formar.

Com cautela, estendo a mão trêmula e ensanguentada para a porta e a pressiono, deixando um carimbo de sangue.

Sinto um calor emanar da parede, como uma fera adormecida finalmente acordada. Puxo minha mão de volta e encaro em choque o que está acontecendo.

Magia emana da porta de pedra. Uma luz dourada brilha no brasão enquanto ouço meu coração tamborilar dentro da minha cabeça.

A porta redonda começa a girar para o lado, revelando o interior do Cofre.

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