Capítulo Vinte e Quatro

6 1 0
                                    

A pequena nortenha, de fato, é muito diferente do seu pai, o Rei Drakkar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A pequena nortenha, de fato, é muito diferente do seu pai, o Rei Drakkar. É como se ela não tivesse nenhuma característica de sua verdadeira origem, exceto a força, que pode muito bem ser uma consequência apenas de ser Feérica.

A faca que eu usei para cortá-la não era feita de garras de Drakkar, o que prova que ela não tem pele de aço.

Não sei porquê estou fazendo isso. Não sei porquê estou tentando contar, sem realmente dizer, quem é o pai dela.

Acho que estou me afeiçoando demais por essa nortenha.

O bairro da mãe adotiva e humana de Alura é um belo bairro, daqueles com casas idêntica, bonitas e aconchegantes. A decoração de Natal parece ser mais concentrada aqui. Acho que é um bairro de subúrbio como qualquer outro.

Quando ela dobra a esquerda na rua da casa onde cresceu, passamos lentamente pela casa da esquina, onde um rapaz alto, loiro e forte está enfeitando o quintal enquanto nos observa atentamente. Noto o rápido olhar de Alura para ele.

Ela estaciona na entrada de sua casa e desliga o carro, mas não abre a porta, fitando ansiosamente a residência de cor azul bebê. Ela passou a última hora tentando decidir o que diria para a mãe adotiva.

O que diria sobre mim.

Ela suspira e resmunga algo inaudível e descemos do carro, andando lentamente até à porta.

— Você deveria dizer que sou seu namorado. — Eu sugiro quando ela toca a campainha, ofegante e trêmula.

— Eu acho que sim. — A forma como ela aceita minha sugestão sem nenhum protesto me surpreende e me alegra, por algum motivo tosco e irritante — Aqui vamos nós. Oi mãe.

Uma mulher de cabelos castanhos claros abre a porta. Seu sorriso é largo e acolhedor.

— Agatha! — Quando ela se inclina para abraçar a filha que criou, meus pelos se arrepiam.

Algo está errado com essa mulher. Ela não é humana.

— Mãe, quero te apresentar... — Alura solta Ellie que me encara, surpresa e contente, mas há algo diferente em seus olhos

Ela me conhece.

— Zoltan! — Ela pula para me abraçar e eu recuo com o solavanco físico e emocional. Ela me conhece. Ela sabe quem sou. Olho para Alura por cima dos ombros de Ellie e a pequena nortenha está tão em choque quanto eu, incapaz de expressar o que está sentindo — Ah, graças à Eyamora você está de volta!

Engulo em seco. Ela me conhece, mas eu não a conheço.

— Como é que é? Você sabe o nome dele? — A pergunta acusatória de Alura paira no ar enquanto sua mãe adotiva parece confusa — Você sabe quem ele é?

Ele ri e franze o cenho, saindo da porta para que possamos entrar. Com um simples aceno de mão, seus olhos brilham, suas orelhas redondas passam a serem pontudas e uma mala de roupas aparece no chão ao seu lado.

Estrela do NorteOnde histórias criam vida. Descubra agora