Capítulo Dez

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Nem morto deixarei que me prendam

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Nem morto deixarei que me prendam. Os guardas de Eldwan já estão se aproximando, com espadas e lanças em mãos. Meu corpo ainda está bombeando adrenalina e magia. Podem vir. Estou pronto.

Olho para Alura. Seu olhar me diz tudo. Ela se importa e sabe que não é certo. Ela abriu os olhos agora.

Mas sei que ela não pode me defender. Sei que ela não pode fazer nada, senão também será presa. Assinto para deixá-la saber que está tudo bem.

Vejo Kapton se aproximar dela e com a mão em seu ombro, ele sussurra algo, olhando para mim. Alura desvia o olhar para esconder o rosto. Por um segundo, eu estranho. Ela não é do tipo de desviar o olhar.

Mas então entendo porquê ela faz isso. Olho para o lado e vejo um portal. É claro.

O olhos dela brilham quando ela usa magia. Com o rosto virado, ninguém consegue ver que é ela.

Não sei para onde o portal vai me levar, não sei se é seguro. Só sei que é minha saída, então eu pulo.

Meus pés tocam no chão imediatamente em seguida. Estou  diante de um muro e um portão. Está escuro, não há ninguém por volta. Olho para trás e recuo ao perceber que estou numa ilha. Há alguns quilômetros de distância, vejo Siastar Norte.

Mas onde diabos estou?

O portão se abre e imediatamente meu coração dispara. Vejo uma árvore e alguns arbustos atrás de mim. Corro para me esconder.

Não consigo ver a pessoa no portão, mas posso ouvi-la.

— Está tudo bem, não precisa se esconder. — É uma voz de criança. Um menino. Espera, será que é o...? — O Rei avisou que você vinha.

Saio de trás do arbusto lentamente, com as mãos erguidas e o encontro. Imediatamente abro um sorriso.

— É você. — Me aproximo do garotinho — Foi você quem caiu no parque em Phoenix.

— Desculpa por isso. — Ele ri quando me ajoelho na sua frente.

— Não se preocupe. — Eu o analiso como um cego vendo pela primeira vez — Você está bem.

— Nós nos curamos rápido. — Ele estende a mão para mim — Vem, precisamos entrar. Os guardas do Rei estão procurando por você.

Olho para trás e vejo alguns Drakkar sobrevoando os céus.

— Eles não podem te pegar aqui. — Ele me conforta, olhando em meus olhos. Assinto, concordando, e pego sua mão. Ele me conduz para dentro e concluo que estou no Ninho, a casa dos Drakkar — Eu me chamo Kyros.

— Anthony. — Me apresento para ele, o seguindo.

É uma cidade. Uma cidade como qualquer outra, mas silenciosa.

Kyros me conduz pelas ruas, enquanto um milhão de coisas passam pela minha cabeça.

— Você disse que o “Rei” o avisou que eu vinha. — Eu o lembro — Está falando de Eldwan?

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